A constante procura de jovens por questões de namoros e relacionamentos, sob a luz da DOUTRINA TRADICIONAL da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, nos levaram a criar este Blog. Embora o título do Blog seja JOVENS E NAMOROS, ele se destina a todas as pessoas, sejam JOVENS OU ADULTOS. Que Nossa Senhora nos ajude a levar orientação a todos os que procuram uma vida santa e de conformidade com os mandamentos da Lei de Deus e da Santa Igreja.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Preparação para o Matrimônio – Parte 2


Princípios fundamentais que deve ter em conta a moça que deseja contrair núpcias.

Antes de tudo, cumpre examinar se realmente foste chamada para tal estado, se estás em condição de cuidar de uma família e fazê-la feliz. Se não tens saúde, ou se teu noivo goza de saúde tão precária, que possas prever uma viuvez precoce, é sinal evidente que não deves contrair núpcias. O mesmo se diga, se ele estiver gravemente onerado por motivo de herança, ou se por outra razão qualquer não puder prover a subsistência de uma família; será então culpa grave o contraíres núpcias.

Atendendo-se ás circunstâncias da morte de um dos pais, tendo ainda irmãos menores para educar torna-se até dever para a moça protelar o casamento, porque neste caso não poderia ela abandonar sua família deixando-a na miséria. Se, todavia, depois de acurado exame, pensas que deves abraçar o estado matrimonial, sê antes de tudo prudente na escolha da pessoa com quem pretendes casar. Não te induza, exclusivamente, a riqueza ou qualidades corporais. Podem tais cálculos interessar-te algum tanto, mas não sejam razões decisivas para ti. Analisa as qualidades de espírito do teu pretendente, antes da escolha definitiva.

Não ofereças tua mão a um jovem, que não sabe honrar os seus pais, e os trata mal; podes aderir que ele, ao depois, fará o mesmo ou talvez pior ainda contigo... Não ofereças tampouco a mão a um indivíduo grosseiro, arrebatado e incivil, que em qualquer ocorrência se deixa dominar pela cólera. Apenas houverem passado as primeiras semanas do teu casamento, terás que derramar lágrimas amargas porque deverás suportar diariamente o seu temperamento forte e impetuoso.

Não contraias matrimônio com quem é amigo da taberna e tem o vício da embriagues. Não tardarás muito a sofrer aflições sobre aflições, e por fim te acharás com toda a família em estado de necessidade e miséria, de tal modo que deverás viver na indigência com teus filhos, e padecer fome, enquanto o teu leviano marido, num absoluto desprezo dos seus deveres, sacrificará à sua paixão o dinheiro que ganhar. Não suponhas, agora, que mais tarde farás dele um homem bom e morigerado. Milhares e milhares assim pensaram no período do noivado, mas viram, dentro em breve quão grande fora o seu engano. Ao invés, da felicidade que esperavam, só tiveram depois cruz e desgraça.

Cuida também que o homem com quem desejas contrair matrimônio, pertença a uma boa família cristã. Os pais comunicam ao filho seu caráter, transmitem-lhe determinada inclinação moral, à guisa da herança para a vida. É, portanto, grande felicidade descender de uma família virtuosa, deveras cristã, ao passo que é grande desdita ter nascido de uma família sem moral e sem religião. É verdade que no segundo caso ainda pode o filho ser bom, mas isto, de ordinário, é coisa sobremodo difícil e só possível a custa de muitos sacrifícios.

Além disso, atenta em que o jovem com quem pretendes unir-te por toda a vida, professe praticamente o catolicismo. Mais tarde, com o volver dos anos, a religião o enobrecerá cada vez mais, lhe dará força e vigor para cumprir com fidelidade os seus deveres para contigo, para com a família e para com seus filhos. Nos dias sombrios como nos dias radiantes, na desgraça como na felicidade, estará ao teu lado como fiel esposo. Se, teu noivo não tiver religião, for um cético, atacar e desprezar os dogmas e a doutrina da Igreja, tomar atitude de ateu, não poderá de forma alguma tornar-se, um marido fiel e pai amoroso. Quem não é fiel ao seu Deus que está no Céu, dificilmente o será ao próximo, na terra. Quantas vezes não profana um homem desses o sagrado juramento de fidelidade que, num momento solene fez à sua esposa.

Friamente, poderá causar-lhe as mais amargas tristezas. Não contraias casamento misto! A nossa Santa Igreja apenas tolera tais casamentos com extrema relutância, ainda mesmo quando é garantida a educação católica da prole. Fez no correr dos séculos inúmeras experiências desastrosas a este respeito. Não há dúvida que também há em outras religiões homens muito bons. Entretanto, prescindindo das raras e isoladas exceções, nos casamentos mistos, conforme os testemunhos infalíveis da experiência quotidiana, existe para a parte católica e para os filhos, o perigo realmente grave da insensibilidade religiosa e do indiferentismo.

As relações familiares também exigem, como é natural, entre casados, união de pontos de vistas e correspondência na prática da religião. Se assim não for, haverá entre os cônjuges uma tal ou qual disparidade, que não permitirá se estabeleça entre eles verdadeira harmonia interna e felicidade completa.

Uma distinta dama, que também se unira em casamento misto, mas que levava uma vida piedosa, disse certa vez a um sacerdote católico: “Ah! Quanta razão tem a Igreja de proibir os casamentos mistos, e como seria para desejar que ninguém, os contraísse, pois, ainda os melhores, não valem nada. Externamente considerado, o meu casamento pode incluir-se entre os mais felizes deste mundo, mas o pensar que o meu esposo, quanto à religião, segue assunto sobremodo importante não nos compreendemos, é o verme que causa à morte de minha felicidade, cujas picadas sinto todos os dias, mas principalmente nas festas, quando o coração católico pulsa com sentida emoção.”

Talvez penses: não obstante, a Igreja concede a dispensa. É verdade, mas concede-a profundamente contrariada e só depois de assegurada a garantia para o livre exercício da religião à parte católica e para a educação de todos os filhos. Com isso, não aprova de modo algum os casamentos mistos: tolera-os apenas, para evitar males maiores: Tampouco assume a Igreja qualquer responsabilidade pelos efeitos funestos, os quais recaem com todo o seu peso sobre os que contraírem casamento misto. Acautela-te, pois, jovem cristã, e de modo nenhum consistas num casamento misto, cujas conseqüências serão por via de regra muito más e muito tristes.

Se acertaste numa boa escolha, cuida antes do mais que tuas relações com o noivo, durante o noivado sejam puras, honestas, castas e virtuosas. Não consistas jamais em liberdade indecorosas. A fim de prevenir-te neste particular, contra todo o perigo, evita qualquer encontro a sós, inútil e prolongado, com o teu noivo.

Um noivado casto e digno assegurar-te-á as bênçãos de Deus para um casamento feliz. Quando chegar a hora, do passo decisivo, toma ainda mais a sério o que se relaciona com tua vida religiosa. Aproxima-te mais amiúde dos Santos Sacramentos, reza mais vezes e com mais fervor do que antes, e recomenda também freqüentemente, na Santa Missa, ao amoroso Salvador, os teus interesses. Poderia aconselhar-te a fazeres de quando em quando alguma obra de misericórdia cristã, a fim de granjeares por este meio a benção de Deus sobre a tua futura vida conjugal. Algumas semanas antes do casamento, faze uma boa confissão geral e no dia das núpcias, recebe com grande piedade a sagrada Comunhão. Se seguires estes conselhos, poderás esperar que também o Divino Salvador tomará parte em teu casamento, para abençoar a ti e ao teu esposo.

Fonte: A donzela Cristã, Pe. Matias Bremscheid. Ed. Paulinas, 1932

Postagem feita pelo Blog Cantinho de Lissah:
http://cantinhodalissah.blogspot.com/2010/12/preparacao-para-o-matrimonio-ii.html

Um comentário:

  1. Olá! E uma alegria e uma felicidade enorme para nós da Paróquia São Pedro Apóstolo ser seguidor do seu blog. Grande abraço na Paz e no amor de Cristo.

    Reinaldo

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