A constante procura de jovens por questões de namoros e relacionamentos, sob a luz da DOUTRINA TRADICIONAL da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, nos levaram a criar este Blog. Embora o título do Blog seja JOVENS E NAMOROS, ele se destina a todas as pessoas, sejam JOVENS OU ADULTOS. Que Nossa Senhora nos ajude a levar orientação a todos os que procuram uma vida santa e de conformidade com os mandamentos da Lei de Deus e da Santa Igreja.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Preparação para o Matrimônio - Parte 1



A elevada significação do casamento é por mais olvidada em nossos dias.
Grande número dos casamentos modernos são apenas fruto da irreflexão e fascinação. Este desprezo do casamento constitui a causa precípua do mal que enferma o nosso século. Oxalá consiga a nossa juventude ter de novo em lato apreço o matrimônio, na sublime significação, e possam principalmente, as que foram chamadas por Deus a esse estado, abraçá-lo depois de uma boa preparação e com os melhores propósitos.

1º – O casamento tem alta significação para a moça que o contrai.

A sua felicidade futura não depende deste passo? Ofereça ela (donzela cristã) a sua mão a um jovem bom e digno, que lhe convenha; dedique-lhe amor fiel para fusão das suas vidas; viva com ele em paz e harmonia. E não se dirá então que ela é realmente feliz?

Em tal casamento, cada um dulcifica a vida do outro; auxiliam-se e sustentam-se mutuamente; a alegria duplica-se e eleva-se pela correspondência; carrega-se a cruz mais facilmente, e as amarguras da vida perdem a sua aspereza e seus espinhos.
E quanto não lucra, às vezes, uma mulher em beleza de caráter, em nobreza de
sentimentos, em fineza de fé e religiosidade, mercê da convivência de longos anos com um marido virtuoso e excelente? Portanto, para uma moça, que não foi chamada por Deus ao santo estado religioso, é uma grande graça e alta felicidade, unir-se em matrimônio com um jovem excelente. Pelo contrário, se o casamento, não conseguir a fusão completa do corpo e do espírito já não proporcionará felicidade à mulher. Ainda que a casa onde reside seja um palácio suntuoso; embora seja distinta e influente a posição que ela ocupa na sociedade, não se sentirá, deveras, feliz e contente; a despeito do brilho da sua situação externa, a vida lhe será um fardo opressivo.

E não ensina tantas vezes a experiência que a fé e a virtude da mulher facilmente sofrem grande abalo num casamento infeliz, e que, portanto, há fundadas razões de se recear pela salvação de sua alma? Mas não é só para os cônjuges em particular que tem o casamento uma alta significação; sua importância estende-se muito além. O casamento exerce incalculável influxo sobre todas as demais relações humanas. É uma instituição, em cuja força se apóiam todas as outras confederações, sociedades e organizações. Não excetuo nem o próprio sacerdócio católico, ao qual a nossa santa Igreja muito
sabiamente e por motivos poderosos proíbe o matrimônio, pois não será o Sacerdócio o sal preservativo e eficaz, nem a luz da terra que difunde a vida, se não prezar a castidade virginal. Se o casamento cristão for bom e feliz a sociedade também levantará seu nível moral, pois o casamento, a família, constitui a base da vida social.

Um rio deslizará sereno e límpido pela planície, se as fortes e os afluentes lhe levarem água tranqüila e clara. Se a criança encontrar no santuário da família exemplos edificantes e receber uma educação cristã, desenvolver-se-á nela o sentimento para o bem e para o nobre; ela aprenderá a repelir tudo que for mau, imoral e vulgar; levará, consigo, este bom espírito para a vida, e guiada por ele procurará cumprir conscientemente os seus deveres em qualquer situação que se encontre. Assim também os bons casamentos e as boas famílias serão o sustentáculo e o apoio da ordem moral e social. Se, pelo contrário, os casamentos e as famílias forem anticristãos, será isto indizível mal para a sociedade, para o estado e para a Igreja. Pouco afeta à sociedade que a desdita e a perdição lhe venha de fora, pois ela traz, em si mesma, no seu próprio seio, o pior inimigo, o mais venenoso germe da perdição, que a reduz ao extremo: no casamento profanado e na família sem Deus.

A história dos povos e nações o tem testemunhado, mais de uma vez. Como poderia ser de outro modo? Como pode deixar o rio de ser lodoso e turvo, de ultrapassar com devastadora violência as suas margens, se as nascentes são turvas e só lhe fornecem águas turvas e impetuosas? Sim, o matrimônio e a família têm uma importância que não poderá suficientemente apreciar. Surge, pois para a moça que tenciona casar a importante pergunta: o que há de observar, a fim de contrair um matrimônio bom e feliz?

Fonte: A donzela Cristã, Pe. Matias de Bremscheid. Ed. Paulinas: 1932

Postagem feita pelo Blog Cantinho de Lissah:

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