A constante procura de jovens por questões de namoros e relacionamentos, sob a luz da DOUTRINA TRADICIONAL da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, nos levaram a criar este Blog. Embora o título do Blog seja JOVENS E NAMOROS, ele se destina a todas as pessoas, sejam JOVENS OU ADULTOS. Que Nossa Senhora nos ajude a levar orientação a todos os que procuram uma vida santa e de conformidade com os mandamentos da Lei de Deus e da Santa Igreja.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Uma lenda sobre a beleza

Há uma lenda que fala sobre a beleza. Lenda essa esquecida pelos homens. Trata-se de uma lenda antiga, cheia de sabedoria.

Certa vez, por um triste capricho da Fatalidade, o poder do mundo foi cair nas mãos odientas da Vulgaridade.

— Que fez a Vulgaridade ao subir ao trono? Resolveu destruir e aniquilar a sua perigosa rival — a Beleza.

Chamando o Tédio, seu servo predileto, disse-lhe a execrável soberana:

— Detesto a Beleza! Quero fazê-la desaparecer da face da terra. Tens ordem para pendê-la e matá-la de qualquer modo.

O tédio respondeu:

— Escuto e obedeço, senhora! Mas, afinal, como é a Beleza? Como poderei encontrá-la, se não a conheço?

— Ora, nada mais simples — tornou a Vulgaridade. — Interroga um poeta qualquer e logo saberás como é a Beleza.

Partiu o Tédio. Encontrando um poeta interpelou-o:

— Como é a Beleza?

Sem hesitar, respondeu o poeta:

— Ainda ignoras? A Beleza é loura, de olhos azuis da cor do céu; a sua pele é clara e rosada, as suas mãos...

— Basta! Tudo o mais que disseres seria fastidioso e inútil. Já sei como é a Beleza! Vou descobri-la por mais oculta que esteja.

E o Tédio partiu em busca da Beleza...

Depois de muito caminhar, chegou ao país de Moab, para além do grande deserto. Um camponês repousava sob uma árvore.

— Terás visto, por aqui — perguntou o Tédio — a Beleza que procuro?

— Queres descobrir a Beleza! — exclamou o camponês. — Ei-la precisamente ali, ó forasteiro!

E apontou na direção de uma jovem que se encaminhava para a ponte, levando ao ombro um pequeno cântaro.

O Tédio procurou certificar-se. A graciosa moça era morena, de olhos verdes e cabelos castanhos como as filhas de Judá! Mas como diferia da que fora descrita pelo poeta! Não, não podia ser a Beleza!

— A Beleza fugiu para a China! — informou um peregrino.

Seguiu o Tédio para a China e indagou de um rico mandarim que soltava papagaios de seda:

— Senhor! Teria a Beleza aparecido em vossa terra?

— Apareceu, sim — replicou, alegre, o mandarim. — Ei-la!

E com o seu dedo de unha longa e angulada, apontou para uma moça ocupada em fabricar lanternas de papel.

O escravo da Vulgaridade preparou-se para executar a ordem que recebera. Enganara-se, porém, o informante. A jovem que o mandarim indicara era pálida, esguia, tinha os olhos amendoados, os cabelos negros e ondulados. Não; aquela não podia ser a Beleza!

O Tédio deixou o país dos chineses e foi em busca de outros climas. Diante dele a Beleza fugia sempre, ocultando-se astuciosamente. Todo o seu esforço tornou-se inútil. Não conseguiu encontrar e destruir a Beleza!

Mas a eterna e incomparável Beleza só a encontra quem a procura com sabedoria. Sigam esse conselho meus amigos e amigas:

— Eis por que a Beleza floresce e domina, sob aspectos tão diversos, quando a observamos, nos inconquistáveis recantos e países do mundo. Aqui é morena e tem olhos negros, mais adiante é loura, de claros olhos de anil. Aqui é viva e alegre, para, além, surgir sentimental e terna!

É que a Beleza, para fugir do mal do Tédio e ao perigo da Vulgaridade, varia sempre e sem cessar.

(fonte: "MINHA VIDA QUERIDA - OS SEGREDOS DA ALMA FEMININA NAS LENDAS DO ORIENTE - Malba Tahan) - (Ilustrações de: Calmon Barreto, Solon Botelho e Renato Silva)

cedido gentilmente pelo Bog Almas Castelos:
http://almascastelos.blogspot.com/2011/11/uma-lenda-sobre-beleza.html

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O amor e o velho barqueiro

Chegando, afinal, à margem do grande rio, o Amor avistou três barqueiros que se achavam indolentes, recostados nas pedras.
Dirigiu-se ao primeiro:

— Queres, meu bom amigo, levar-me para a outra margem do rio?

Respondeu o interpelado, com voz triste, cheio de angústia:

— Não posso, menino! É impossível para mim!

O Amor recorreu, então, ao segundo barqueiro, que se divertia em atirar pedrinhas no seio tumultuoso da correnteza.

— Não. Não posso — recusou secamente.

O terceiro e último barqueiro que parecia o mais velho, não esperou que o Amor viesse pedir-lhe auxílio. Levantou-se, tranqüilo, e, estendendo-lhe, bondoso, a larga mão forte, disse-lhe:

— Vem comigo, menino! Levo-te sem demora para o outro lado.
Em meio da travessia, notando o Amor a segurança com que o velho barqueiro barquejava, perguntou-lhe:

— Quem és tu? Quem são aqueles dois que se recusaram a atender ao meu pedido?

— Menino — respondeu, paciente, o bom remador — o primeiro é o Sofrimento; o segundo é o Desprezo. Bem sabes que o Sofrimento e o Desprezo não fazem passar o Amor!

— E tu, quem és, afinal?

— Eu sou o Tempo, meu filho — atalhou o velho barqueiro. — Aprende para sempre a grande verdade. Só o Tempo é que faz passar o Amor!

E continuou a remar, numa cadência certa, como se o movimento de seus braços possantes fosse regulado por um pêndulo invisível e eterno.

Sofrimento, desprezo... Que importa tudo isso ao coração apaixonado? O Tempo, e só o Tempo, é que faz passar o Amor.

(Livro: Minha Vida Querida – Malba Tahan

A foto foi tirada da internet e, porque estava sem referencia, desconheço o autor.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Uma menina de coragem

Carta infantil abala ditadura da moda.

Bastou apenas a carta de uma menina de 11 anos, reclamando pela falta de roupas moralizadas nas prateleiras das lojas, para que a poderosa cadeia norte-americana de vestuário Nordstrom ficasse abalada e prometesse corrigir o erro.

Ella Gunderson, de Seattle (Estado de Washington), que pertence ao grupo católico Desafio, queixou-se aos diretores da Nordstrom pelo fato de eles só oferecerem roupas que descobrem o abdômen e peças íntimas de vestuário.

E acrescentou que tal atitude da Nordstrom parece revelar que a empresa julga que “todas as meninas devemos andar meio nuas”.

Em face disso, a Nordstrom prometeu oferecer alternativas decentes para as moças.

O caso não é o primeiro. Em 2002, a loja Dillard passou a vender roupas com mais modéstia para as jovens, após queixas formuladas por um grupo juvenil de Arizona.

A ditadura da moda hoje apresenta analogias com o omniarca imaginado pelo grande escritor católico do século XIX, Louis Veuillot. Sentado num trono, aquele tirano governa a humanidade escravizada; mas treme ao ouvir qualquer pequeno ruído diferente, pois imagina que possa ser o início de uma revolta destinada a derrubar seu regime despótico.

publicado no Blog Almas Castelos:
http://almascastelos.blogspot.com/2010/10/uma-menina-de-coragem.html

Fonte: Revista Catolicismo número 644 – Agosto de 2004.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Minha Vida Querida ou Ti-long-li

Eu estava procurando alguma coisa sobre o amor entre jovens casais, e achei esta lenda hindú. É apenas uma lenda, mas muito interessante. Ti-long-li, em hindu quer dizer: Minha vida querida. A ilustração é de Gustave Doree.

Conta um velho sábio que há muitos anos, pelos confins da Índia morava um jovem casal, recém casados, na mais perfeita alegria.

A jovem era bonita e sabia bem os serviços do lar.

O jovem, muito esforçado e dedicado, trabalhava na agricultura de arroz.

Como presente de tal união feliz, o jovem casal foi recompensado com um filho. Esse filho era forte, bonito e alegre. Era a felicidade do casal.

Certa vez, ao sair de madrugada para o trabalho, o jovem marido sentiu uma brisa diferente e fria demais... Olhou para o céu e viu que a noite estava tranqüila... Então, pôs-se a caminhar pelas colinas da região. De repente um susto enorme. O frio gelou-lhe o coração. Uma criatura terrível tinha lhe aparecido com o seu aspecto fatal e temível: A MORTE.

Ninguém podia olhar para tal criatura sem sentir um pavor sem limites.
E tremendo de medo o jovem marido indagou:

- Onde vais, óh cruel e terrível MORTE ?

E a morte lhe respondeu:

- Para sua casa. É chegada a hora de eu levar a sua mulher.

O jovem marido empalideceu. Lembrou num só momento de todos os momentos felizes que havia passado com sua esposa. A idéia de ter que perde-la era insuportável. Ele a amava demais para tal perda. Então disse para a MORTE:

- Óh, MORTE terrível... Quantos anos restam de minha vida ?

- A você restam 40 anos de vida. - respondeu-lhe a MORTE.

Então, o jovem marido disse-lhe novamente:

- Quero fazer um trato contigo. Dou vinte anos de minha vida à minha esposa. Assim viveremos juntos e na mais perfeita felicidade os vinte anos juntos. Quando ela morrer, morrerei também.

A MORTE aceitou o trato do jovem marido e se retirou. No mesmo instante, aquele vento gélido que envolvia a madrugada cessou. O sol começou a raiar no horizonte e o dia clareou.

Contente com o fato de ter livrado sua mulher da morte, o jovem marido foi trabalhar contente.

Daquele dia em diante o jovem marido passou a chamar sua jovem esposa de Ti-long-li, que em hindu quer dizer MINHA VIDA QUERIDA, pois agora ela era realmente a vida que ele tinha dado a ela.

E assim, passou o tempo e ambos viveram na mais perfeita harmonia, até que depois de três anos o seu filho foi acometido de uma doença grave. Doía-lhe o peito, a cabeça e a febre era constante. O jovem casal não sabia mais o que fazer para recuperar a saúde do menino. E isso lhes traziam um sofrimento sem igual.

Repentinamente e sem qualquer explicação aparente, o menino começou a melhorar de saúde. Foi nesta madrugada que o jovem marido não podendo conter-se em felicidade, saiu para trabalhar cantando uma antiga canção hindu.

Já estava no meio do caminho quando de repente... aquela terrível brisa gélida... O jovem olha para os lados e encontra novamente a inoportuna: A MORTE.
Grita-lhe então o jovem marido:

- Óh, MORTE cruel e medonha... Qual casa terá a infeliz visita de sua presença?

- Vou na sua casa. - responde-lhe a MORTE.

- Mas meu filho já está se curando de sua doença... por favor não leve ele, pois é a nossa felicidade. - implorou-lhe o jovem pai.

- Não é seu filho que venho buscar, mas sua mulher. - respondeu-lhe a MORTE.

O jovem ficou furioso... e gritou inconformado:

- Óh, MORTE tratante... tu és infiel à promessa que faz... És traidora e indigna de confiança. Não fizemos um trato ? Eu e minha esposa Ti-long-li (minha vida querida) não viveremos vinte anos ? Como podes agora, óh MORTE terrível, descumprir nosso trato e eu perder minha esposa Ti-long-li (minha vida querida) ?

Então a MORTE lhe respondeu:

- Eu vinha buscar teu filho, em razão da grave doença que tinha, porém ao chegar na sua casa, tua mulher chorou e implorou que eu não o levasse. A doença era muito grave, seu filho não tinha cura... E com isso não iria escapar de minha visita. A sua mulher desesperada resolveu então dar ao seu filho os anos que restavam de sua vida. Você deu à sua mulher metade dos anos que lhe restavam, porém a sua mulher deu ao seu filho todos os anos de sua vida. Assim o seu filho melhorou de saúde e viverá, mas sua mulher dando todos os anos de vida que lhe restavam terá que partir comigo. Você deu à sua mulher apenas a metade de sua vida, a sua mulher deu ao seu filho a vida inteira.

Autor: Malba Tahan

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O amor conjugal — divórcio e sentimentalismo




Meu grande amigo Jorge, do Blog Almas Castelos, certa vez escreveu uma postagem sobre o romantismo. Achei que a matéria seria de grande interesse, pois estamos imergidos neste mundo materialista e todo sentimental, e a compreensão do texto poderia solucionar vários problemas que eventualmente poderiam surgir do entendimento sobre o que é realmente amor. Com a devida permissão, fiz esta postagem no meu blog também:
http://jovensenamoros.blogspot.com/2010/11/amor-cristao-e-amor-romantico.html

Hoje, veio parar em minhas mãos um livro muito interessante chamado “À procura de Almas com Alma”. Encontrei nesse livro um texto que me levou a transcrevê-lo, pois analisa de forma profunda a questão do sentimentalismo. Vejamos:

Quem vê passar, em seu carro de cor risonha, o jovem – ou a jovem – desta era de lepidez, esporte e vitaminas, não achará que estamos a léguas do sentimentalismo?

O jovem é robusto, alegre, parece bem instalado na vida, cheio de senso prático e do desejo de vencer. A jovem é desembaraçada, empreendedora, utilitária, muitas vezes ardida. Também ela está alegre, sente-se bem, e quer “aproveitar” a existência.

Que há nela de comum com a dama de gênero lacrimejante que comovia nossos avós?
Mas, a despeito de todo o utilitarismo, o terreno reservado ao sentimento continua muito considerável. E, se analisarmos este “sentimento”, veremos que ele não é senão uma adaptação muito superficial dos velhos temas sentimentais.

A questão da estabilidade do convívio conjugal depende de saber até que ponto o interesse ou o sentimentalismo podem levar os cônjuges a se suportar mutuamente.
O sentimentalismo é essencialmente frívolo. Ele não perdoa trivialidades. De sorte que — para ir à carne viva da realidade é preciso exemplificar — um modo ridículo de roncar durante o sono, o mau hálito, qualquer outra pequena miséria humana enfim, pode matar inapelavelmente um sentimento romântico que resistiria às mais graves razões de queixa.

Ora, a vida quotidiana é um tecido de trivialidades, e não há pessoa que no convívio íntimo não as tenha mais ou menos difíceis de suportar. E como o sentimentalismo, por essência e por definição, é todo feito de ilusões, de afetos descontrolados e hipotéticos, por pessoas que só seriam possíveis no mundo das quimeras, a conseqüência é que em pouco tempo os sentimentos, que eram a única base psicológica da estabilidade do convívio conjugal, se desfazem.

Uma pessoa nestas condições não desce ao fundo das coisas, não percebe o que há de substancialmente irrealizável em seus anelos, e julga pura e simplesmente que se enganou.
Entende ela, pois, que ainda pode encontrar em outrem a felicidade que o casamento não lhe deu.

De onde o divórcio lhe parecer absolutamente tão necessário quanto o ar, o pão ou a água. Em última análise, sentimentalismo é apenas egoísmo.

O sentimental não procura senão sua própria felicidade, e só concebe o amor na medida em que o “outro” seja instrumento adequado a torná-lo feliz.

Sobre o egoísmo nada se constrói... a família, menos ainda do que qualquer coisa.
É preciso pois mostrar a substancial diferença que vai da caridade cristã, toda feita de sobrenatural, de bom senso, de equilíbrio de alma, de triunfo sobre os desregramentos da imaginação e dos sentidos, toda feita de piedade e de ascese enfim, para o amor sensual, egoístico, feito de descontroles, de sentimentalismo romântico ainda tão em voga.

Enquanto a concepção sentimental influenciar implícita ou explicitamente a mentalidade dos nubentes, todo o casamento será precário. Pois terá sido construído sobre o terreno essencialmente pegajoso, movediço, vulcânico, do egoísmo humano.

(Coleção “Canticum Novum” À procura de Almas com Alma – Excertos do
pensamento de Plínio Corrêa de Oliveira – recolhidos por Leo Daniele)

(desconheço o autor da pintura a óleo, mérito de Toucan Art
http://static.toucanart.com/pt/products/6217/)

sábado, 30 de julho de 2011

A mulher cristã


Virgem, esposa, mãe ou filha, a mulher cristã é sempre um agente de Deus nas obras de Seu amor. Deus fê-la bálsamo de todas as dores, alívio de todas as tristezas, amparo de todas as desventuras, e não há uma só miséria na vida de que Deus não tenha feito a mulher o anjo libertador.

(Padre Julio de Maria, L. C. T., pág. 123)

domingo, 24 de julho de 2011

O problema das modas


Em revelações a Jacinta, Nossa Senhora previu uma decadência moral espantosa em modas:

"Os pecados que levam mais almas para o inferno são os pecados da carne."

"Hão de vir umas modas que hão de ofender muito a Nosso Senhor."

"As pessoas que servem a Deus não devem andar com a moda. A Igreja não tem modas. Nosso Senhor é sempre o mesmo."

(Antonio A. Borelli Machado, "As aparições e a mensagem de Fátima conforme os manuscritos da Irmã Lúcia", 31ª edição, p. 66)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Matrimonio e Patrimonio


Na ordem da criação, depois de ter criado todo o universo com tudo o que nele contém, Deus criou o Homem para governa-lo. “Então Deus disse:

"Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra” (Gênesis, 1,26)

Dessa forma, Deus queria que houvesse uma hamonia hierárquica na ordem da criação. E para que Adão fosse o rei supremo, não fez Eva como fez Adão, mas de Adão tirou Eva. “E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.” (Gênesis, 2, 22-23)

Deus lhe deu Eva para lhe ajudar a governar as coisas criadas.

No entanto, aqui está a sabedoria:

A mulher, com sua delicadeza, com seu carinho, com sua sabedoria maternal, ensina seus filhos e ajuda o seu esposo com ternura. De Mãe, fala-se em MATRIMÔNIO (que encerra em si todas as qualificativas ditas acima). MATRIMÔNIO, o governo da mãe.

O homem, com seu senso de governo – para isso foi criado -, com sua generosidade e sua sabedoria de liderança, ensina seus filhos e auxilia sua mulher. De Pai, fala-se em PATRIMÔNIO (pois todo o governante deve reinar sobre suas coisas, seu patrimônio). PATRIMÔNIO, o governo do pai.

MATRIMÔNIO e PATRIMÔNIO, duas palavras sobre o qual é fundada uma família.

Matéria cedida gentilmente pelo Blog Casa Pia dos Santos Anjos:
http://casapiadossantosanjos.blogspot.com/2010/09/matrimonio-e-patrimonio.html

terça-feira, 12 de julho de 2011

Escolha bem seu namorado ou namorada


Não é fácil começar nem terminar um namoro - Um encontro de pessoas naquilo que elas são.

Já vai muito longe o tempo em que os pais arranjavam os casamentos para os seus filhos. Se você quer encontrar alguém terá que procurá-lo. Normalmente, é no próprio círculo de amizades e ambiente de convívio que os namoros começam. Sabemos que o ambiente molda, de certa forma, a pessoa; logo, você deverá procurar alguém naquele ambiente que há os valores que você preza. Se você é cristão, então, procure entre famílias cristãs, ambientes cristãos, grupos de jovens, entre outros, a pessoa que você procura.

O namoro começa com uma amizade, que pode ser um pré-namoro que vai evoluindo. Não mergulhe de cabeça num namoro, só porque você ficou "fisgado" pelo outro. Não vá com muita sede ao pote, porque você pode quebrá-lo. Sinta primeiro, por intermédio de uma pura amizade, quem é a pessoa que está à sua frente. Talvez já nesse primeiro relacionamento amigo você saberá que não é com essa pessoa que você deverá namorar. É o primeiro filtro, cuja grande vantagem é não ter ainda qualquer compromisso com o outro, a não ser de amigos.

Nem sempre será fácil para você começar e terminar um namoro. Especialmente hoje, com a maior abertura do país, logo as famílias são também envolvidas, e isso faz o relacionamento se tornar mais compromissado. Se você não explorar bem o aspecto saudável da amizade, pode ser que o seu namoro venha a terminar rapidamente porque você logo se decepcionou com o outro. Isso poderia ter sido evitado se, antes, vocês tivessem sido bons amigos. Não são poucas as vezes em que o término de um namoro envolve também os pais dos casais, e isso nem sempre é fácil de ser harmonizado.

O namoro é o encontro de duas pessoas, naquilo que elas são e não naquilo que elas possuem. Se você quiser conquistar um rapaz só por causa da sua beleza ou do seu dinheiro, pode ser que amanhã você não se satisfaça mais só com isso. Às vezes uma pessoa simpática, bem-humorada e feliz supera muitos que oferecem mais beleza e perfeição física que ela.

Infelizmente, a nossa sociedade troca a "cultura da alma" pela "cultura do corpo". A prova disso é que nunca as cidades estiveram tão repletas de academias de ginástica, salões de beleza, lojas de cosméticos, clínicas de cirurgias plásticas, entre outros, como hoje. Investe-se ao máximo naquilo que é a dimensão mais inferior do ser humano – embora importante – o corpo. É claro que todas as moças querem namorar um rapaz bonito, e também o mesmo vale para os jovens, mas nunca se esqueça de que o mais importante é "invisível aos olhos".

O que é visível desaparece um dia, inexoravelmente ficará velho com o passar do tempo. Aquilo que você não vê: o caráter da pessoa, a sua simpatia que se mostra sempre atrás de um sorriso fácil e gratuito, o seu bom coração, a sua tolerância com os erros dos outros, as suas boas atitudes, etc., isso tudo não passará e o tempo não poderá destruir. É o que vale.

Se você comprar uma pedra preciosa só por causa do seu brilho, talvez você compre uma "joia" falsa. É preciso que você conheça a sua constituição e o seu peso. O povo diz muito bem que "nem tudo que reluz é ouro". Se você se frustra no plano físico, poderá ainda se realizar nos planos superiores da vida: o sensível, o racional e o espiritual. Mas, se você se frustrar nos níveis superiores, não haverá compensação no nível físico, porque ele é o inferior, o mais baixo.

A sua felicidade não está na cor da pele, no tipo do seu cabelo e na altura do seu corpo, mas na grandeza da sua alma. Você já reparou quantos belos e belas artistas terminam de maneira trágica a vida? Nem a fama mundial, nem o dinheiro em abundância, tampouco os mil "amores", foram suficientes para fazê-los felizes. Faltou cultivar o que é essencial; aquilo que é invisível aos olhos. Tenho visto muitas garotas frustradas porque não têm aquele corpinho de manequim ou aquele cabelo das moças que fazem as propagandas dos "shampoos"; mas isso não é o mais importante, porque acaba.

A vida é curta – mesmo que você jovem não perceba – por isso, não podemos gastá-la com aquilo que acaba com o tempo. Os homens de todos os tempos sempre quiseram construir obras que vencessem os séculos. Ainda hoje você pode ver as pirâmides de 4 mil anos do Egito, o Coliseu romano de 2 mil anos, e tantas obras fantásticas. Mas a obra mais linda e mais duradoura é aquela que se constrói na alma, porque esta é imortal. Portanto, ao escolher o(a) namorado(a), não se prenda às aparências físicas, mas desça até as profundezas da sua alma. Busque lá os seus valores.

Felipe Aquino

(enviado por e-mail por Cristiane de Paula)

sábado, 9 de julho de 2011

Mulher Religiosa


Quão maravilhosa e invejável é a sorte da mulher religiosa! Seus dias são inflorados de júbilo; sua vida rescende amor; esposo, filhos, servos, respeitam-na e acarinham-na; a todos inspira cega confiança, porque firmemente crêem na fidelidade de quem é fiel a Deus.

A fé desta cristã fortifica-se na felicidade, e a felicidade pela fé; crê em Deus, porque é feliz; é feliz porque crê em Deus.

Basta a uma mãe ver sorrir o filhinho, para convencer-se da existência de uma felicidade suprema.

(Chateaubriand, L.C.T., página 159)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Você será uma boa mãe?


"A virtude passa facilmente do coração das mães ao coração dos filhos" (Cônego François Trochu)

"Quando Deus tem o Seu Altar no coração de uma mãe, a casa toda se torna Seu Templo" (Gertrud von Le Fort)

"A boa mãe vale por cem excelentes mestres" (G. Herbert)

"De que vale a alma de uma mulher, se dentro dela não há alma de mãe?" (Jacinto Benavente)

"Uma das obras-primas de Deus é o coração de uma mãe" (Provérbio Frances)

Frases Selecionadas e famosas na Revista Catolicismo de Maio de 2011

sábado, 18 de junho de 2011

O matrimônio

É o matrimônio abençoado por Deus. Querei a prova? Ei-la:o primeiro milagre Jesus o realizou no decorrer dos festejos de um casamento em Cana, na Galiléia. E, com esse incomparável milagre em presença da Virgem Santíssima, Jesus não só aprovou senãom também exaltou e dignificou o matrimônio.

O matrimônio, considerado como sacramento, tem por efeito, acima de tudo criar entre os esposos, que o recebem, uma união legítima, santa e indissolúvel. E, nesse sentido, não hesita o apóstolo São Paulo em comparar a união matrimonial à união santa e perfeita que existe entre Jesus e sua Igreja. – união que deve servir de modelo aos esposos cristãos.

Outra finalidade do sacramento do matrimônio é proporcionar aos que recebem, com fé e respeito, aumento da graça santificante, isto é, o sacramento do matrimônio engrandece os cônjuges aos olhos de Deus e torna-os, portanto, mais dignos da eterna recompensa.

Acresce que o santo matrimônio confere aos esposos uma graça sacramental. E que decorre dessa graça? Ensinam os sábios teólogos: essa graça assegura ao marido e à esposa, mútua e íntima afeição, suavizando-lhes as múltiplos deveres e pesados encargos do casamento. Essa graça, recebida com a santa benção no dia da união nupcial, há de seguir os cônjuges durante toda a vida e proporcionar-lhes um socorro, um amparo especial, sem o qual não poderiam desempenhar cabalmente os deveres de esposos e pais cristãos. O santo matrimônio foi e será sempre abençoado por Deus!

(do livro: A Estrela dos Reis Magos - Malba Tahan – Coleção Saraiva)

domingo, 12 de junho de 2011

Lute por sua familia

Esta postagem é para refletir. Quantos já passaram por estas dificuldades...

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"

Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!"

Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio" ,disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa ou de seu marido, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Enviado por e-mail por Cristiane de Paula.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Água milagrosa cura briga entre casais


Brigas entre namorados e casais são comuns. O convívio, o desgaste, os defeitos que todos nós temos às vezes levam a discussões. Como vencer esse desafio? Trago hoje esta pequena história que pode ajudar a muitos:

Referem os autores o caso gracioso de uma pobre mulher que se foi queixar, mui magoada, a um velho sacerdote, dos desabrimentos do marido.

- Logo que entra em casa – narrou a infeliz – é uma tormenta desfeita de impropérios e de injúrias; renovam-se todos os dias estas cenas violentas, com grandes clamores, que atordoam e escandalizam a vizinhança. Ando consumida, já me é insuportável a vida; dizei-me, padre, que devo fazer em tão angustiosa situação?

O padre, depois de ouvi-la com toda a paciência, foi buscar um frasco de águas e lho entregou dizendo:

- Esta água, é colhida de uma fonte junto à igreja de São Geraldo, é milagrosa. Todas as vezes que teu marido aparecer colérico, e começar a maltratar-te com palavras ásperas, toma um pouco desta água na boca, e aí a conservarás até que ele se tenha calado. Verás que a água-de-São-Geraldo possui, realmente, uma virtude maravilhosa.

Fez a esposa exatamente como lhe ensinara o padre, e observou que quando tomava a água na boca, a ira do marido como que se amainava mais depressa. Suas cóleras foram-se tornando cada vez menos duradouras e menos freqüentes, até que enfim cessaram de todo, e reinou a paz entre o pobre casal.

Voltou a mulher ao padre, toda jubilosa, a agradecer o portentoso efeito da água milagrosa de São Geraldo.

- Minha filha – disse-lhe, então, o sacerdote – a água que te dei só teve uma virtude, e não pequena. Foi a de fazer-te calar; enquanto a tinhas na boca, não podias proferir palavra. A esse silencio, e só a ele, deves o benefício da paz e concórdia que desfrutas agora com teu marido. Se, quando um se agasta, o outro se calasse, nunca haveria discussões.

Muitos casais seriam felizes, e viveriam em perfeita harmonia, se o cônjuge sensato e prudente experimentasse sempre, nos momentos precisos, o efeito milagroso da água-de-São-Geraldo.

(Dom Macedo Costa)

Cedido gentilmente pelo Blog Almas Castelos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Quando o amor é verdadeiro, é para sempre


Um homem de idade já bem avançada veio à Clínica onde trabalho, para fazer um curativo na mão ferida. Estava apressado, dizendo-se atrasado para um compromisso, e enquanto o tratava perguntei-lhe sobre qual o motivo da pressa.

Ele me disse que precisava ir a um asilo de anciãos para, como sempre, tomar o café da manhã com sua mulher que estava internada lá.

Disse-me que ela já estava há algum tempo nesse lugar porque tinha um Alzeimer bastante avançado.

Enquanto acabava de fazer o curativo, perguntei-lhe se ela não se alarmaria pelo fato de ele estar chegando mais tarde.

- Não, ele disse. Ela já não sabe quem eu sou. Faz quase cinco anos que não me reconhece.

Estranhando, lhe perguntei:

- Mas se ela já não sabe quem o senhor é, porque essa necessidade de estar com ela todas as manhãs?

Ele sorriu e dando-me uma palmadinha na mão, disse:

- É. Ela não sabe quem eu sou, mas eu contudo sei muito bem quem ela é...

Recebido por e-mail, desconheço o autor.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Encontro no Trem


Ela tinha um sorriso enigmático, eu era jovem e despreocupado - e o mundo estava cheio de oportunidades.

A primeira vez que a vi, na estação de St. Margrethen, ela subia no vagão empurrando com o joelho uma enorme mala de couro marrom. Vestia uma blusa verde-vivo, com as mangas arregaçadas. Olhos escuros, cabelos escuros, pele morena, jovem e misteriosa.

Depois de despejar o pesado fardo na rede das bagagens, atirou-se em cima de um dos assentos, do outro lado do corredor, de frente para mim, transpirando serenamente. Depois, o trem prateado, de ar climatizado, prosseguiu a sua viajem de cinco horas rumo ao Ocidente, através da Suíça.

Regatos alpinos murmuravam com as águas do degelo e os campos estavam deslumbrantes de papoulas porque era o mês de maio. A principio, tentei dormir um pouco e depois puxar conversa com o passageiro do lado. Sem sucesso. Foi então que voltei a reparar nela. Levava no colo um molho de flores silvestres e, aparentemente, ia pensando na pessoa que o tinha presenteado. Mudei de lugar e sentei-me na frente dela.

- Como é que se chamam essas flores? - perguntei-lhe em alemão.

Recebi um sorriso por resposta.

“Ah”, pensei eu, “não é alemã. Deve ser italiana, claro.”

Debrucei-me para frente e elaborei outra pergunta sobre “i fiori” (as flores). Ela continuou a não me responder. O pensamento de que seria muda cruzou-me o espírito, mas pu-lo imediatamente de parte. Uma vez que nos encontrávamos na Suíça, só havia uma hipótese: era francesa. A resposta, como anteriormente, foi um sorriso.

Encostei-me para traz, devolvi-lhe o sorriso e tentei arvorar um ar misterioso - tarefa voltada ao fracasso, tendo em conta a forma como eu estava vestido, de chapéu de pescador, camiseta vermelha de mangas compridas, calça de risquinhas cor de mostarda e sapatos de couro. Estava quase desistindo quando a moça misteriosa falou:

- “Habla español ?” - perguntou-me ela.

Como é que eu não tinha ma lembrado disso! Era espanhola!
Com os circuitos todos a entrarem em ação, pus-me a remexer furiosamente na minha bolsa à procura de um dicionário espanhol. Vim a saber que ela era solteira, trabalhava num lar de idosos em Altstutten e que ia para a Espanha visitar a família.
Também era pouco versada nos costumes e pronúncias próprios de cada país, por que a princípio me tomou por inglês, e depois por alemão...

Do que falamos concretamente não consigo me lembrar, mas o dia passou voando. Nem queria pensar na chegada em Genebra, onde teríamos que nos separar, mas o fato é que chegamos lá no fim do dia. Passeamos um pouco pelas belas ruas da cidade, saboreamos um café num restaurante ao ar livre, vimos as vitrines ao fim da tarde e preenchemos nossas conversas com risadas. Quando meu trem chegou, dissemos adeus com relutância; mas ela tinha a família à espera do outro lado dos Pirineus, e a minha agenda me obrigava a ir à Itália antes de voltar para casa. Trocamos nossos endereços. Depois subi no trem e parti.

Passou-se algum tempo... e hoje recordo os pormenores daquele dia de primavera... Minha mulher adora ouvir essa história, especialmente a parte que, no ano seguinte, aquela moça deixou a Suíça para se casar comigo, apesar da maneira como eu estava vestido...

(Conto extraído da Revista Seleções do Reader Digest, desconheço o número da edição e o autor)

(OBS: As fotos anteriores foram removidas, sendo substituidas por estas que estão nesta postagem - são fotos retiradas da internet, desconheço o seu autor)

sábado, 30 de abril de 2011

Rezem o terço. Rezem por nós.


Agora no mês de maio de 2011 fazem 94 anos da primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima. Nossa Senhora fez um pedido à humanidade: rezem o terço todos os dias. Quem a atendeu? Depois disso se teve notícias de muitas outras aparições de Nossa Senhora por todo o mundo. Imagens de Nossa Senhora derramaram lágrimas e até lágrimas de sangue... No nosso querido Brasil, fontes seguras comentam que Nossa Senhora apareceu até no agreste do Estado de Pernambuco. Nessa aparição especificamente alguém atirou uma pedra e a mão de Nossa Senhora começou a sangrar. Os videntes perguntaram o que significava isso? Então Nossa Senhora respondeu: “Isto é o sangue que inundará as ruas do Brasil”. (leiam:
http://www.sacralidade.com/igreja2008/0178.castigos.html)

Assim aproveitemos o mês de maio para difundir a reza do terço.
Neste mês tão especial, eu e meus amigos faremos uma viajem. Portanto no mês de maio não haverá postagens. Mas no início de junho as postagens voltarão.

Pedimos que todos rezem muito por nós, pois precisamos muito de orações.

Rezaremos por todos e pelas suas famílias.
Rezaremos pelos Blogs e Sites Católicos.
Rezaremos por todos os que de uma forma ou de outra nos ajudam a fazer apostolado.
Desejamos de todo o coração que Nossa Senhora abençoe a todos.

Salve Maria!

Jorge de Almas Castelos (http://almascastelos.blogspot.com)
Ângelo Miguel (http://ograndecombate.blogspot.com)
(http://vandeanosdafe.blogspot.com)
Catarina Alvim (http://casapiadossantosanjos.blogspot.com)
Miguel Cassandro (http://variedadesmille.blogspot.com)
Francisco Spiegel (http://jovensenamoros.blogspot.com)
Israel Maná (http://cavaleirosdesantamaria.blogspot.com)
Paulo de Tebas (Irmandades dos Blogs Católicos em inglês e espanhol)

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Irmandade dos Blogs Católicos:
http://irmandadedosblogscatolicos.blogspot.com

Fraternity of Catholic Blogs:
http://fraternityofcatholicblogs.blogspot.com

Hermandad de Blogs Catolicos:
http://hermandaddeblogscatolicos.blogspot.com

quarta-feira, 13 de abril de 2011

domingo, 13 de março de 2011

Obrigações dos chefes de família


Obrigações dos chefes de família

1 – Sustentar a família conforme o próprio estado.
2 – Não dissipar os bens da família em jogos nem em vaidades.
3 – Pagar pontualmente o ordenado aos criados, jornaleiros, etc.
4 – Vigiar sobre os costumes de seus filhos e dependentes.
5 – Procurar que freqüentem a Palavra de Deus e os santos Sacramentos.
6 - Corrigi-los com prudência.
7 – Castiga-los sem paixão de ira, etc.
8 – Trata-los com benevolência.
9 – Tê-los ocupados.
10 – Assisti-los em suas doenças.
11 – Edificá-los com o bom exemplo.
12 – Encomenda-los a Deus e proporcionar-lhes bons mestres, patrões, etc.
13 – Procurar a devida separação entre filhos e filhas, e pessoas de diferentes sexo.
14 – Não admitir pessoa alguma que possa, com suas conversações, ou de qualquer outra maneira, ser motivo de escândalo à família.

Livro: O Caminho Reto – de Santo Antonio Maria Claret

quarta-feira, 2 de março de 2011

Namoro e diferença de idades


Meus amigos e amigas leitores do Blog, faço essa postagem em razão de uma realidade que está se tornando freqüente: o casamento entre pessoas de diferente idades.
Primeiro devo dizer que, sob a luz da doutrina católica, o casamento tem várias finalidades. Vou enumera-las por ordem de importância:

A primeira finalidade do casamento é dar glória a Deus, segundo a vocação a que cada um foi chamado. Cumprindo sua vocação, dá-se Glória a Deus.

A segunda finalidade do casamento é a procriação: “Crescei e multiplicai-vos, e enchei toda a terra” (Gênesis 1, 28)

A terceira finalidade do casamento é a educação dos filhos.

No entanto em nossos dias todos (homens e mulheres) têm se queixado sobre encontrar a pessoa certa para o casamento. Alegam que os homens não querem nada sério, e também que as mulheres não estão preparadas para uma vida a dois. E assim, algumas pessoas tem encontrado o seu verdadeiro amor em alguém de idade diferente da sua própria.
Então surgiu esta postagem: É POSSIVEL HAVER AMOR ENTRE PESSOAS DE DIFERENTES IDADES? Opine você também.

OPINIÃO DE PESSOAS CONSULTADAS:

Há várias coisas a se consideradas. Para alguém de meia idade não vai haver muita diferença para cima ou para baixo. Mas quando uma parte é muito jovem e a outra de mais idade é preciso analisar as circunstâncias. Houve época em que as mulheres casavam bem cedo e com homens bem mais maduros. Mas a época era outra. O normal é que duas pessoas de idades mais ou menos próximas namorem e se casem. Hoje vivemos uma situação muito particular, pois está cada vez mais difícil de se encontrar uma pessoa que queira viver um casamento ou um namoro nos moldes tradicionais da Igreja. Portanto ante a essa dificuldade até é compreensível que possa haver um relacionamento de pessoas de idades bem diferentes que se amem e que possam casar-se santamente.
Jorge

Penso que pode haver amor sim, desde que ambos vivam com intensidade a mesma fé na religião que professam e comungam dos mesmos princípios e valores. Doar-se um para o outro, viver um companheirismo íntegro, mesmo com idades diferentes, é bom aos olhos de Deus!
Maria Luiza

O amor é acima de tudo um dom de Deus (Deus é amor), e os verdadeiros matrimônios ocorrem devido à Graça Divina, ou melhor dizendo à Divina Providência, é bem provável que possa sim existir amor entre pessoas de idades bem diferentes, até porque não é a paixão desregrada e desmedida que governa tal relacionamento, mas sim o amor mútuo, casto e possivelmente a fé em (e a vontade de) Deus. No entanto creio que há limites, por exemplo: um homem de 60 anos e uma moça de 17 ou vice-versa, pode ser que não dê muito certo por causa da diferença do nível de maturidade, mas pode sim haver o amor. É difícil, mas eu já vi na televisão pessoas com 18, 20 anos de diferença e com 15, 20 anos de matrimônio. Antigamente duravam.
Lissah

[...]Todos sentem amor, não se tem idade!!
[...] penso que não se tem idade para se namorar mas sim bom senso! Vivemos em um mundo em que ninguém tem bom senso, não se dá valor principalmente as mulheres. Mulheres se valorizem se vocês quiserem ser valorizadas; não é com qualquer um que temos que nos envolver! Para ser ter um relacionamento é melhor ter alguém mais ou menos na nossa idade nem tão velho, nem tão novo!
[...] não existe pessoas perfeitas e nem príncipes e princesas encantados, escolha pessoas de forma sincera e real, exaltando suas qualidades mas sabendo também dos seus defeitos, o amor só é lindo quando encontramos alguém que nos transforma no melhor que podemos ser. As vezes quando uma mulher está com um homem mais velho do que ela é por causa do dinheiro dele e que ele é bem de vida, [...] Em novelas tem esses tipos de histórias: a mulher casa com o homem que está doente quase no final da vida, para ficar com a herança. [...]
"O amor é quando vais comer fora e dás grande parte das tuas batatas fritas a alguém, sem a obrigares a darem-te das dele"
Trechos do Blog “Vivendo Feliz” da Gabriela.

Tenho 18 anos, não quero me identificar, não sou católica praticante, mas respondo: Depende, pois isso vai de cada pessoa e quem são as duas. Mas no geral eu acho que é possível haver um relacionamento entre pessoas de idade bem diferentes e não importa a diferença se houver amor de verdade.
Anônima.

Sou casada, tenho 40 anos, não sou católica praticante e não acredito em amor quando a idade é muito diferente. De um lado o homem mais velho só vai querer um relacionamento se a menina bem jovem for muito bonita. Do lado da menina, ela só vai querer relacionamento se o velho for rico. Ou seja, em alguma coisa tem que haver compensação. Não acredito em amor só, mas em interesse. Todos se casam por algum interesse.
Anônima.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Preparação para o Matrimônio – Parte 2


Princípios fundamentais que deve ter em conta a moça que deseja contrair núpcias.

Antes de tudo, cumpre examinar se realmente foste chamada para tal estado, se estás em condição de cuidar de uma família e fazê-la feliz. Se não tens saúde, ou se teu noivo goza de saúde tão precária, que possas prever uma viuvez precoce, é sinal evidente que não deves contrair núpcias. O mesmo se diga, se ele estiver gravemente onerado por motivo de herança, ou se por outra razão qualquer não puder prover a subsistência de uma família; será então culpa grave o contraíres núpcias.

Atendendo-se ás circunstâncias da morte de um dos pais, tendo ainda irmãos menores para educar torna-se até dever para a moça protelar o casamento, porque neste caso não poderia ela abandonar sua família deixando-a na miséria. Se, todavia, depois de acurado exame, pensas que deves abraçar o estado matrimonial, sê antes de tudo prudente na escolha da pessoa com quem pretendes casar. Não te induza, exclusivamente, a riqueza ou qualidades corporais. Podem tais cálculos interessar-te algum tanto, mas não sejam razões decisivas para ti. Analisa as qualidades de espírito do teu pretendente, antes da escolha definitiva.

Não ofereças tua mão a um jovem, que não sabe honrar os seus pais, e os trata mal; podes aderir que ele, ao depois, fará o mesmo ou talvez pior ainda contigo... Não ofereças tampouco a mão a um indivíduo grosseiro, arrebatado e incivil, que em qualquer ocorrência se deixa dominar pela cólera. Apenas houverem passado as primeiras semanas do teu casamento, terás que derramar lágrimas amargas porque deverás suportar diariamente o seu temperamento forte e impetuoso.

Não contraias matrimônio com quem é amigo da taberna e tem o vício da embriagues. Não tardarás muito a sofrer aflições sobre aflições, e por fim te acharás com toda a família em estado de necessidade e miséria, de tal modo que deverás viver na indigência com teus filhos, e padecer fome, enquanto o teu leviano marido, num absoluto desprezo dos seus deveres, sacrificará à sua paixão o dinheiro que ganhar. Não suponhas, agora, que mais tarde farás dele um homem bom e morigerado. Milhares e milhares assim pensaram no período do noivado, mas viram, dentro em breve quão grande fora o seu engano. Ao invés, da felicidade que esperavam, só tiveram depois cruz e desgraça.

Cuida também que o homem com quem desejas contrair matrimônio, pertença a uma boa família cristã. Os pais comunicam ao filho seu caráter, transmitem-lhe determinada inclinação moral, à guisa da herança para a vida. É, portanto, grande felicidade descender de uma família virtuosa, deveras cristã, ao passo que é grande desdita ter nascido de uma família sem moral e sem religião. É verdade que no segundo caso ainda pode o filho ser bom, mas isto, de ordinário, é coisa sobremodo difícil e só possível a custa de muitos sacrifícios.

Além disso, atenta em que o jovem com quem pretendes unir-te por toda a vida, professe praticamente o catolicismo. Mais tarde, com o volver dos anos, a religião o enobrecerá cada vez mais, lhe dará força e vigor para cumprir com fidelidade os seus deveres para contigo, para com a família e para com seus filhos. Nos dias sombrios como nos dias radiantes, na desgraça como na felicidade, estará ao teu lado como fiel esposo. Se, teu noivo não tiver religião, for um cético, atacar e desprezar os dogmas e a doutrina da Igreja, tomar atitude de ateu, não poderá de forma alguma tornar-se, um marido fiel e pai amoroso. Quem não é fiel ao seu Deus que está no Céu, dificilmente o será ao próximo, na terra. Quantas vezes não profana um homem desses o sagrado juramento de fidelidade que, num momento solene fez à sua esposa.

Friamente, poderá causar-lhe as mais amargas tristezas. Não contraias casamento misto! A nossa Santa Igreja apenas tolera tais casamentos com extrema relutância, ainda mesmo quando é garantida a educação católica da prole. Fez no correr dos séculos inúmeras experiências desastrosas a este respeito. Não há dúvida que também há em outras religiões homens muito bons. Entretanto, prescindindo das raras e isoladas exceções, nos casamentos mistos, conforme os testemunhos infalíveis da experiência quotidiana, existe para a parte católica e para os filhos, o perigo realmente grave da insensibilidade religiosa e do indiferentismo.

As relações familiares também exigem, como é natural, entre casados, união de pontos de vistas e correspondência na prática da religião. Se assim não for, haverá entre os cônjuges uma tal ou qual disparidade, que não permitirá se estabeleça entre eles verdadeira harmonia interna e felicidade completa.

Uma distinta dama, que também se unira em casamento misto, mas que levava uma vida piedosa, disse certa vez a um sacerdote católico: “Ah! Quanta razão tem a Igreja de proibir os casamentos mistos, e como seria para desejar que ninguém, os contraísse, pois, ainda os melhores, não valem nada. Externamente considerado, o meu casamento pode incluir-se entre os mais felizes deste mundo, mas o pensar que o meu esposo, quanto à religião, segue assunto sobremodo importante não nos compreendemos, é o verme que causa à morte de minha felicidade, cujas picadas sinto todos os dias, mas principalmente nas festas, quando o coração católico pulsa com sentida emoção.”

Talvez penses: não obstante, a Igreja concede a dispensa. É verdade, mas concede-a profundamente contrariada e só depois de assegurada a garantia para o livre exercício da religião à parte católica e para a educação de todos os filhos. Com isso, não aprova de modo algum os casamentos mistos: tolera-os apenas, para evitar males maiores: Tampouco assume a Igreja qualquer responsabilidade pelos efeitos funestos, os quais recaem com todo o seu peso sobre os que contraírem casamento misto. Acautela-te, pois, jovem cristã, e de modo nenhum consistas num casamento misto, cujas conseqüências serão por via de regra muito más e muito tristes.

Se acertaste numa boa escolha, cuida antes do mais que tuas relações com o noivo, durante o noivado sejam puras, honestas, castas e virtuosas. Não consistas jamais em liberdade indecorosas. A fim de prevenir-te neste particular, contra todo o perigo, evita qualquer encontro a sós, inútil e prolongado, com o teu noivo.

Um noivado casto e digno assegurar-te-á as bênçãos de Deus para um casamento feliz. Quando chegar a hora, do passo decisivo, toma ainda mais a sério o que se relaciona com tua vida religiosa. Aproxima-te mais amiúde dos Santos Sacramentos, reza mais vezes e com mais fervor do que antes, e recomenda também freqüentemente, na Santa Missa, ao amoroso Salvador, os teus interesses. Poderia aconselhar-te a fazeres de quando em quando alguma obra de misericórdia cristã, a fim de granjeares por este meio a benção de Deus sobre a tua futura vida conjugal. Algumas semanas antes do casamento, faze uma boa confissão geral e no dia das núpcias, recebe com grande piedade a sagrada Comunhão. Se seguires estes conselhos, poderás esperar que também o Divino Salvador tomará parte em teu casamento, para abençoar a ti e ao teu esposo.

Fonte: A donzela Cristã, Pe. Matias Bremscheid. Ed. Paulinas, 1932

Postagem feita pelo Blog Cantinho de Lissah:
http://cantinhodalissah.blogspot.com/2010/12/preparacao-para-o-matrimonio-ii.html

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Preparação para o Matrimônio - Parte 1



A elevada significação do casamento é por mais olvidada em nossos dias.
Grande número dos casamentos modernos são apenas fruto da irreflexão e fascinação. Este desprezo do casamento constitui a causa precípua do mal que enferma o nosso século. Oxalá consiga a nossa juventude ter de novo em lato apreço o matrimônio, na sublime significação, e possam principalmente, as que foram chamadas por Deus a esse estado, abraçá-lo depois de uma boa preparação e com os melhores propósitos.

1º – O casamento tem alta significação para a moça que o contrai.

A sua felicidade futura não depende deste passo? Ofereça ela (donzela cristã) a sua mão a um jovem bom e digno, que lhe convenha; dedique-lhe amor fiel para fusão das suas vidas; viva com ele em paz e harmonia. E não se dirá então que ela é realmente feliz?

Em tal casamento, cada um dulcifica a vida do outro; auxiliam-se e sustentam-se mutuamente; a alegria duplica-se e eleva-se pela correspondência; carrega-se a cruz mais facilmente, e as amarguras da vida perdem a sua aspereza e seus espinhos.
E quanto não lucra, às vezes, uma mulher em beleza de caráter, em nobreza de
sentimentos, em fineza de fé e religiosidade, mercê da convivência de longos anos com um marido virtuoso e excelente? Portanto, para uma moça, que não foi chamada por Deus ao santo estado religioso, é uma grande graça e alta felicidade, unir-se em matrimônio com um jovem excelente. Pelo contrário, se o casamento, não conseguir a fusão completa do corpo e do espírito já não proporcionará felicidade à mulher. Ainda que a casa onde reside seja um palácio suntuoso; embora seja distinta e influente a posição que ela ocupa na sociedade, não se sentirá, deveras, feliz e contente; a despeito do brilho da sua situação externa, a vida lhe será um fardo opressivo.

E não ensina tantas vezes a experiência que a fé e a virtude da mulher facilmente sofrem grande abalo num casamento infeliz, e que, portanto, há fundadas razões de se recear pela salvação de sua alma? Mas não é só para os cônjuges em particular que tem o casamento uma alta significação; sua importância estende-se muito além. O casamento exerce incalculável influxo sobre todas as demais relações humanas. É uma instituição, em cuja força se apóiam todas as outras confederações, sociedades e organizações. Não excetuo nem o próprio sacerdócio católico, ao qual a nossa santa Igreja muito
sabiamente e por motivos poderosos proíbe o matrimônio, pois não será o Sacerdócio o sal preservativo e eficaz, nem a luz da terra que difunde a vida, se não prezar a castidade virginal. Se o casamento cristão for bom e feliz a sociedade também levantará seu nível moral, pois o casamento, a família, constitui a base da vida social.

Um rio deslizará sereno e límpido pela planície, se as fortes e os afluentes lhe levarem água tranqüila e clara. Se a criança encontrar no santuário da família exemplos edificantes e receber uma educação cristã, desenvolver-se-á nela o sentimento para o bem e para o nobre; ela aprenderá a repelir tudo que for mau, imoral e vulgar; levará, consigo, este bom espírito para a vida, e guiada por ele procurará cumprir conscientemente os seus deveres em qualquer situação que se encontre. Assim também os bons casamentos e as boas famílias serão o sustentáculo e o apoio da ordem moral e social. Se, pelo contrário, os casamentos e as famílias forem anticristãos, será isto indizível mal para a sociedade, para o estado e para a Igreja. Pouco afeta à sociedade que a desdita e a perdição lhe venha de fora, pois ela traz, em si mesma, no seu próprio seio, o pior inimigo, o mais venenoso germe da perdição, que a reduz ao extremo: no casamento profanado e na família sem Deus.

A história dos povos e nações o tem testemunhado, mais de uma vez. Como poderia ser de outro modo? Como pode deixar o rio de ser lodoso e turvo, de ultrapassar com devastadora violência as suas margens, se as nascentes são turvas e só lhe fornecem águas turvas e impetuosas? Sim, o matrimônio e a família têm uma importância que não poderá suficientemente apreciar. Surge, pois para a moça que tenciona casar a importante pergunta: o que há de observar, a fim de contrair um matrimônio bom e feliz?

Fonte: A donzela Cristã, Pe. Matias de Bremscheid. Ed. Paulinas: 1932

Postagem feita pelo Blog Cantinho de Lissah:

Noite de núpcias


Esse é o momento mais esperado pelo casal que teve um namoro santo, é o momento em que ambos se tornarão uma só carne. Mas muitas vezes não nos damos conta que esse momento também é um momento santo, e cometemos um pequeno erro: temos nossa noite de núpcias em hotéis e pousadas, que muitas vezes foram palco de traições, prostituições, homossexualismo e muitas outras profanações.

Bem, esse é um momento em que homem e mulher se fazem um só pela graça do Espírito Santo. Você homem, gostaria que sua esposa, futura mãe de seus filhos e rainha do seu lar, se deite numa cama em que já se deitaram homem com homem, mulher com mulher, homem com outra mulher que não sua esposa? Você mulher, gostaria que seu marido, futuro pai de seus filhos e protetor do seu lar, se deite numa cama que se tornou local de profanações? Será esse o melhor jeito de começar a sua vida de casados?

Sei que este momento é muito especial e queremos fazer alguma coisa diferente, mas por que não fazer diferente no lar de vocês?
Vocês podem decorar o quarto com flores, luzes coloridas, coraçõezinhos. Com criatividade e carinho vocês podem criar um ambiente romântico, aconchegante e acima de tudo honrado (livre de profanações) e abençoado por Deus, como deve ser o lar de vocês que está começando a ser construído.

postagem do cantinho da Lissah:
http://cantinhodalissah.blogspot.com/2010/11/noite-de-nupcias.html

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A árvore da vida


Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho.Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro.A todas elas chamamos de amigo.Há muitos tipos de amigos.Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles.

O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e o amigo mãe. Mostram o que é ter vida.

Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós.

Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e desejamos o bem.

Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho. Muitos desses denominados amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz felizes…

Às vezes um desses amigos do peito estala o nosso coração e então é chamado de amigo namorado. Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, pulos aos nossos pés.

Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias, ou mesmo um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo em que estamos por perto.

Falando em perto, não podemos esquecer dos amigos distantes.Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, sempre aparecem novamente, entre uma folha e outra.

O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas.

Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais felizes, é que as que caíram continuam por perto,continuam alimentando a nossa raiz com alegria. Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam o nosso caminho.

Desejo a você, folha da minha árvore, Paz, Amor, Luz, Sucesso, Saúde, Prosperidade… Hoje e sempre… simplesmente porque:

“cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Há os que levaram muito. Há os que não deixaram nada.Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.”

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O Sacramento do Matrimônio — Parte 3


Encerramos com este texto a série a respeito do matrimônio. O autor* conclui indicando o verdadeiro amor que deve sustentar e fortalecer os cônjuges

O amor que une os dois cônjuges pode ser tríplice: sensual, natural e sobrenatural. Também o amor sensual é incutido por Deus e o Espírito Santo nos homens, com a constituição das qualidades físicas e naturais, a fim de conduzi-los ao matrimônio. Sem esse amor sensual, os homens todos já teriam desaparecido da face da Terra, por motivos de comodidade.

O Criador pôs nos homens o instinto sexual, que podemos chamar amor sensual. Mas este só merece o título de amor se for dirigido, como o amor de Deus, para a doação da vida a serviço do Criador.

Por meio desse instinto o homem tornar-se-á um instrumento do “Espírito Criador”, do qual vem toda a vida. Então os cônjuges, por esse amor, entrarão em íntima relação com o divino Espírito Santo.

Entretanto, se tal amor sensual não cooperar na obra criadora do Espírito Santo, se o homem tão-somente desejar gozar os prazeres sensuais, não merece ele o nome de amor: é egoísmo sensual, que contradiz diretamente a essência do divino Espírito Santo.

A segunda espécie de amor é o amor natural, que faz com que os cônjuges se comprazam mutuamente em virtude de seus dotes naturais. Assim, por exemplo, o marido ama a esposa por causa de sua graça, mansidão, modéstia, espírito ativo e econômico e outras virtudes naturais. Todos estes predicados bons são também dádivas do divino Espírito Santo, com as quais condecorou o homem, estimulou e fortaleceu a sua vontade, para aperfeiçoá-las.

Entretanto, o amor próprio desempenha um papel muito grande. Um cônjuge ama o outro, digamos, por causa de seus bons predicados, porque deles tira grandes vantagens para si mesmo.

Portanto a dádiva preciosíssima e por excelência do Espírito Santo é o amor sobrenatural. Ele existe quando os esposos se amam reciprocamente como criaturas de Deus, como portadores de uma alma imortal, como templos vivos do divino Espírito Santo, para cujo adorno se esforçam mutuamente. Este amor é de igual modo amor de sacrifício, que sempre quer beneficiar o outro, sempre cultivá-lo, mesmo com prejuízo dos próprios interesses.

Se uma moça dá sua mão a um rapaz só para tirar daí bom proveito, o que os une é o amor próprio, o egoísmo, e portanto é lançado desde já o germe de um casamento infeliz, privado de todo amor sobrenatural. E quando um rapaz contrai núpcias só para tornar mais fácil e agradável a existência terrena, esse motivo para o casamento não pode proceder do Espírito Santo.

O amor sobrenatural não indaga “o que tenho eu a receber da outra parte?”; mas sim “o que sou eu para a outra parte?”. Não procura o que é seu. Seu fito é fazer felizes os outros, e não tornar-se feliz à custa dos outros. Esse amor desinteressado, abnegado, que só por último pensa em si, é que vem do Espírito Santo, cuja natureza toda é comunicação, doação, bênção e enriquecimento.

O amor sobrenatural é, outrossim, o regulador do amor sensual, que facilmente ultrapassa os limites postos por Deus. O amor sensual será dominado, refreado, contribuindo assim para o amor à virtude.

Embora o amor sensual entre os cônjuges seja consentido por Deus, embora o amor natural possa ser bom, são entretanto ambos inconstantes e sujeitos à languidez, e por isso não podem formar o vínculo seguro e indestrutível que prende dois corações até a morte.

Além disso, ambas as espécies de amor extinguem-se, seja pelo desaparecimento da mocidade ou por uma enfermidade grande. Também as boas qualidades naturais são obscurecidas pelos defeitos que cada homem possui. Portanto, é mal colocado um casamento que se baseia unicamente sobre estas espécies de amor.

Inquebrantável é tão somente o vínculo do amor sobrenatural, que procede do coração do divino Espírito Santo. Por meio dele os dois cônjuges tornam-se não somente “uma só carne”, mas “um só coração e uma só alma”.
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* Pe. Agostinho Kinscher, Ao Deus Desconhecido, Editora Mensageiro da Fé, Salvador, 1943, pp. 134 e ss.

(Revista Catolicismo – janeiro de 2011)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Um exemplo para todos nós



Louis José Aloyles Estanislau Martin era um homem muito religioso. Queria ingressar num mosteiro que fosse bem austero, mas não foi aceito pelos religiosos que viam nele uma outra vocação.

Zélia Maria Guerin também era uma pessoa de muita religiosidade e seu sonho era ser freira. Fez algumas tentativas de entrar num convento, mas as freiras se reuniram e recusaram o seu ingresso. Não por que ela não era digna de entrar na ordem, mas rezando e implorando a Sabedoria Divina, acharam que a vocação dela era outra.

Ingressar numa ordem religiosa é assunto sério. É preciso ter vocação mesmo. Mas Deus orienta os passos de quem Ele ama.

Consultando sobre a vida religiosa, ambos foram desaconselhados por seus orientadores espirituais de ingressar numa ordem. Assim, lhes aconselharam a buscar o matrimônio.

Zélia pensou então: “Já que não vou ser freira, terei que arranjar um emprego para me sustentar.” E assim fez continuando sua vida normalmente.

Foi numa dessas surpresas que a vida nos reserva que se encontraram Louis e Zélia. Ficaram amigos, depois namoraram e finalmente se casaram.

Dificil entender os desígnios da providência.

Louis e Zélia viveram os aspectos da vida cotidiana de uma família do século XIX. Enfrentaram as preocupaçoes e incertezas. Os dois traziam uma preocupação particular em exercer a justiça e o respeito com todos; sem esquecer a ajuda que prestavam aos mais pobres.

Conheceram a enfermidade: Zélia sofreu de câncer e Louis anos depois teve uma enfermidade cerebral que o levou à ser hospitalizado em hospital psiquiátrico. Também não lhe faltaram as dificuldades para educar os filhos.

Mas antes de Louis ficar doente, teve uma dor muito profunda pela perca de sua esposa. Suas filhas todas entraram para a vida religiosa. Uma de suas filhas foi Santa Teresinha do Menino Jesus.

Quando a mãe, a boa Zélia Maria, faleceu, Santa Teresinha contava com quatro anos de idade e, embora em tenra idade, sofreu grande choque.

Seu pai Louis Martin então se mudou para Lisieux, nos Buissonnets, perto da farmácia do cunhado Guérin. Morta a mãe, Teresinha viu-se rodeada pela ternura do pai e das irmãs.

Todas suas filhas seguiram a vida religiosa, porém dolorida foi a despedida de Santa Teresinha. Aos quinze anos de idade na porta do carmelo, abraçou seu pai, disse adeus e as portas do Carmelo se fecharam para sempre...

Depois de alguns anos o pai Louis começou a ficar doente. Um tempo de sofrimento, e com o agravamento da doença acabou falecendo.

Santa Teresinha morreu aos 24 anos e é Doutora da Igreja. Numa de suas cartas, ela testemunhou a santidade de seus pais:

“O bom Deus me deu um pai e uma mãe mais dignos do céu que da terra”.

Não era em vão o que Santa Teresinha havia dito, pois os seus pais foram Beatificados pela Igreja e não tardará que cheguem à honra dos altares.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Sacramento do Matrimônio - Parte 2



No trecho anterior o autor* trata do problema de casamentos infelizes, pelo fato de os cônjuges não terem em vista a assistência do Espírito Santo. Neste tópico ele aponta uma solução.

O Espírito Santo é o Espírito do Conselho e do Entendimento, que aclara a inteligência dos jovens obscurecida pela sensualidade. Como Espírito do Conselho, pode mostrar-lhes se a união deles vem de Deus ou do demônio. E se for consultado seriamente como Espírito da fortaleza, dispensará também força para se refrear a indomabilidade da carne e impedir uma união baseada unicamente sobre ela. Se o divino Espírito Santo for invocado fervorosamente pelos noivos, convencê-los-á de que o conhecimento da doutrina de Deus e de seus Mandamentos constitui a maior sabedoria.

O Espírito da Piedade deve ainda compenetrar as duas pessoas da mesma fé, em que se fundem para a finalidade comum da virtude. Só assim seguirão seu rumo final e eterno.

O amor de Deus que fortifica o matrimônio

Se todos os homens devem ser devotos do divino Espírito Santo, com muito mais razão aqueles que querem contrair união matrimonial. O homem pode confiar pouco sobre o seu simples juízo natural, pois o laço matrimonial deve durar e perpetuar-se até a morte, conforme a vontade de Deus, mas nenhum vínculo meramente natural prende os corações por tanto tempo. Então a força e a graça do divino Espírito Santo devem corroborar o laço matrimonial.

Qual é o nome desse laço? Um nome curto e aparentemente simples, entretanto tão significativo como o próprio Deus: amor. É a palavra com que o Apóstolo denominou a essência de Deus: "Deus é amor".

Para os teólogos, é quase impossível dizer o que Deus é. Mas a palavra que mais se aproxima da natureza de Deus é a palavra amor. E esta palavra, que nos dá melhor o conhecimento de Deus, é o nome para o vínculo que no matrimônio funde dois corações em um só.

No entanto, é justamente na união matrimonial que essa palavra é muitas vezes desvirtuada, despojada de seu conteúdo de ouro.
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* Pe. Agostinho Kinscher, Ao Deus Desconhecido, Editora Mensageiro da Fé, Salvador, 1943, pp. 134 e ss.
(Revista Catolicismo – novembro de 2010)