A constante procura de jovens por questões de namoros e relacionamentos, sob a luz da DOUTRINA TRADICIONAL da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, nos levaram a criar este Blog. Embora o título do Blog seja JOVENS E NAMOROS, ele se destina a todas as pessoas, sejam JOVENS OU ADULTOS. Que Nossa Senhora nos ajude a levar orientação a todos os que procuram uma vida santa e de conformidade com os mandamentos da Lei de Deus e da Santa Igreja.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Bradem pelos quatro cantos da Terra

O ser humano se acostuma naturalmente com as coisas que o cercam. Quem já mudou de casa percebe bem isso. No início tudo é novidade e a sensação é realmente de casa nova. Depois o homem vai se acostumando ao seu novo ambiente e a sensação de novidade já não existe mais. O que aconteceu? A resposta e óbvia, deixou de ser casa nova desde quando o homem se acostumou a fazer dela sua morada habitual.

Outro exemplo: quando no noticiário aparecem crimes bárbaros, muitos se espantam e se horrorizam com os fatos, tratando os criminosos como seres doentes ou de alta periculosidade, que devem ser banidos da sociedade. Com o passar dos tempos, se a notícia persiste, o homem se acostuma com essas noticias, e já nem sente mais o horror de outrora e passa a encarar os fatos como “a normalidade” de nossos dias. As vezes até fazem piadinhas desses crimes monstruosos, e o que antes os faziam ter cara de espanto, agora despertam sorrisos e piadas.

Assim caminham as coisas. Os inimigos da Igreja e “psicólogos do mal” conhecem essa tendência do ser humano e assim sabem que lançar notícias ora avançadas, ora menos avançadas, constituem um fator de “avanço revolucionário”. Em outras palavras, essa onda que ora vem forte, ora vem lentamente, constituem as marchas do processo revolucionário: a marcha lenta e a marcha rápida. Em ambas as marchas elas conseguem arrebanhar para si as pessoas das mais variadas tendências sociais, desde as mais “avançadas” até as “conservadoras”, de modo que, de uma forma lenta ou de uma forma mais rápida, sempre ela caminha para frente.

Onde quero chegar com esse raciocínio? Muito simples. A mídia fala tanto de aborto, de divórcio, de união estável, e de tantas outras coisas que de tanto falar nisso, a tendência natural do ser humano é se acostumar com esses assuntos e acabar por “ingeri-los” como se fossem “coisas normais de nossos dias” e, como  conseqüência, acabam não mais se importando com esses assuntos como deveriam se importar.

Valores como FAMILIA, VIDA, CASAMENTO devem ser sempre defendidos com todas as forças da alma e do coração, pois a família é a célula básica da sociedade, e destruindo-se a família, destrói-se a sociedade.

Já que a tendência do ser humano é se acostumar com as coisas que o rodeiam, então façamos a nossa parte: publiquem nos jornais, bradem pelos quatro cantos da terra, falem sem parar, distribuam panfletos, exijam programas na televisão QUE A FAMÍLIA CATÓLICA AINDA EXISTE, QUE O QUE DEUS UNIU QUE O HOMEM NÃO O SEPARE, QUE MATAR É CRIME. Falemos tanto, mas tanto, muito mais do que os que lutam contra a vida e a família, até que o homem do mundo moderno se acostume com a idéia de que TEM QUE DEFENDER A FAMÍLIA E A VIDA. Que defender a vida e a família seja uma normalidade, não o contrário.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Namoro, noivado e casamento


Quando Deus criou Adão, fê-lo senhor de toda a Terra. Adão louvava a Deus, cantando com os anjos e muitas vezes passeava com o Criador pelo Paraíso. Adão tinha tudo, mas ainda lhe faltava algo.

“O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada.” Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos, e todas as aves dos céus, levou-os ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o homem pôs aos animais vivos, esse é o seu verdadeiro nome. O homem pôs nomes a todos os animais, a todas as aves dos céus e a todos os animais dos campos; mas não se achava para ele uma ajuda que lhe fosse adequada. Então o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar. E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. “Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará Virago (mulher), porque do Varão (homem) foi tomada.” Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne. (Gênesis 2, 18-24)

Não e bom que o homem esteja só – disse o Senhor Deus Criador de todas as coisas.

O NAMORO

O namoro é a fase em que ambos, homem e mulher, se conhecem. Muitas vezes o namoro começa até na amizade que vai se estreitando até virar namoro. Aí então a atenção de ambos se volta para o casamento, ou seja, embora se conhecessem na fase da amizade, verificam se estão preparados para o casamento. Ser amigos é uma coisa, casar é outra. Para ser amigo não precisa de nada, para casar é preciso ter emprego, ser paciente, religioso e, sobretudo, amar muito a Deus. Pois quem não ama a Deus, não ama o próximo.

No namoro é que se verifica a base de todo o casamento: amor, respeito mútuo, incentivo a prática de virtudes, etc. É nesse período que ambos vão se analisar com seriedade se seu respectivo cônjuge é realmente uma pessoa de caráter, que cultiva bons hábitos, gosta de trabalhar, respeita os pais e os mais velhos. Coisas que não combinam com um relacionamento a dois é: preguiça, indolência, vícios, vaidade, frivolidade, entre outros defeitos. Se for assim é o momento para terminar o relacionamento, pois não adianta casar tendo a infeliz idéia de que a pessoa vai melhorar com o tempo. É melhor voltar a ser apenas amigos, sem qualquer promessa futura de constituir casamento.

Passada essa fase inicial, vendo ambos que realmente o seu par é pessoa boa, e cientes de que o casamento é a vocação para que Deus as chamou, então se procede ao noivado.

O NOIVADO

O Noivado é a solenidade pela qual os nubentes se comprometem perante a família de ambos, fidelidade, amor e promessa de construção de uma vida comum, já tendo como compromisso certo o casamento. O noivado é o tempo para acertar os detalhes  firmar o compromisso sério. O noivado é uma tradição e é cercado por um cerimonial especial pois ambos passam a usar aliança na mão direita. É como um pré-aviso: “estamos noivos, quem tiver algo contra que fale ou se cale para sempre”. Aliança é sinal de compromisso sério e portanto é um aviso a toda a sociedade de que vão casar. Os noivos sabem o que querem, já não é um simples namoro. Na verdade o noivado é também o amadurecimento do namoro. As responsabilidades apertam e o sentimento de família aumenta. Mas nem por isso deve ser levado até o fim, isto é, se mesmo noivos os comprometidos perceberem que a vida conjugal vai ser impossível, melhor desmanchar tudo, pois “antes tarde do que nunca”.

O noivado é como um noviciado para quem quer ser tornar religioso. Há votos como num noviciado, mas não perpétuos, pois os perpétuos somente o fará no casamento. Pois assim como o noviciado, o noivado não é eterno, mas passageiro.

Uma coisa é certa. Olhem bem isso. Se gostarem de alguém por que é bonito, não é amor, mas admiração. Se gostarem de alguém por que palpita seu coração, não é amor, mas sensibilidade. Se gostar de alguém por que deseja uma carícia ou um beijo, isso não é amor, mas sensualidade. SE DESEJA O BEM DE SEU NOIVO, MESMO ÀS CUSTAS DE SACRIFÍCIOS, DIANTE DE OCASIÕES DIFÍCEIS, ESSE É AMOR.

Somente a caridade sobrenatural, vínculo de amizade entre Deus e o homem, pode fazer laços que resistam a todas as sacudidas, a todas as vicissitudes, a todas as provas inevitáveis de uma longa vida conjugal – dizia o Papa Pio XII.

Não só a beleza física, mas outras qualidades devem ser buscadas.

Essas condições pessoais devem ser descobertas durante o noivado. Por isso que é lícito, e mesmo necessário que os noivos falem entre si, se encontrem sozinhos para se conhecer melhor. Mas a prudência e a conveniência reprovam as longas conversas a sos e fora da casa paterna. Um sábio conselho cristão diz aos noivos: “Fale com seu noivo onde não os ouças, mas onde os vejam” (fonte: FSSPX – Brasil)

O CASAMENTO

Depois de terem passado pelo “noviciado”, agora chegou a hora de ofertarem seus votos perpétuos diante da sociedade e diante de Deus, com a benção do sacerdote.
Uma coisa recomendo aos recém-casados: Freqüentem sempre os sacramentos, rezem juntos quando puderem, amem-se na alegria e na tristeza, ajudem-se mutuamente em todas as dificuldades, sejam pacientes com os defeitos do outro, e sejam muito felizes. Lembrem-se sempre que “o que Deus uniu, que o homem não o separe”.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Saiba tudo sobre o casamento


Voce sabia que os Ministros do Casamento são os próprios noivos? E que devem fazer seus votos diante do Padre e de toda a Igreja? Saiba tudo sobre o casamento no Catecismo de São Pio X:

Os Sacramentos - Matrimônio

O Matrimônio é um Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, que estabelece uma união santa e indissolúvel entre o homem e a mulher, e lhes dá a graça de se amarem um ao outro santamente, e de educarem cristãmente seus filhos.

O Matrimônio foi instituído pelo próprio Deus no Paraíso terrestre; e no Novo
Testamento foi elevado por Jesus Cristo à dignidade de Sacramento.

O Sacramento do Matrimônio significa a união indissolúvel de Jesus Cristo com a Santa Igreja, sua esposa e nossa Mãe amantíssima.

Diz-se que o vínculo do Matrimônio é indissolúvel, isto é, que não se pode quebrar senão pela morte de um dos cônjuges, porque assim o estabeleceu Deus desde o começo, e assim o proclamou solenemente Jesus Cristo, Senhor Nosso.

No Matrimônio entre cristãos o contrato não se pode separar do Sacramento, porque para eles o Matrimônio não é outra coisa senão o mesmo contrato natural, elevado por Jesus Cristo à dignidade de Sacramento. Entre os cristãos não pode haver verdadeiro Matrimônio que não seja Sacramento.

O Sacramento do Matrimônio produz os seguintes efeitos:

1º dá um aumento da graça santificante;
2º confere a graça especial para se cumprirem fielmente todos os deveres matrimoniais.

Para quem pensa que é o Padre o Ministro do Sacramento do Matrimônio, se enganou.

OS MINISTROS do Sacramento do Matrimônio são os mesmos esposos, que reciprocamente conferem e recebem o Sacramento.

Este Sacramento, porque conserva a natureza de contrato, é administrado pelos mesmos contraentes, declarando na presença do próprio pároco, ou de outro Sacerdote devidamente autorizado, e de duas testemunhas, que se unem em matrimônio.

Para que serve então a bênção que o pároco dá aos esposos?
A bênção que o pároco dá aos esposos não é necessária para constituir o Sacramento, mas é dada para sancionar em nome da Igreja a sua união, e para atrair sempre mais sobre eles as bênçãos de Deus.

Quem contrai Matrimônio deve ter intenção:

1º de fazer a vontade de Deus, que o chama a tal estado;
2º de procurar nele a salvação da própria alma;
3º de educar cristãmente os filhos, se Deus lhos der.

Os esposos, para receber com fruto o Sacramento do Matrimônio, devem:

1º encomendar-se de todo o coração a Deus, para conhecer a sua vontade e para alcançar d’Ele as graças que são necessárias em tal estado;
2º consultar os próprios pais, antes de chegar ao noivado, como o exige a obediência e o respeito devido aos mesmos;
3º preparar-se com uma boa confissão, até mesmo geral, se for necessário, de toda a vida;
4º evitar toda a familiaridade perigosa de trato e de palavras, ao conversarem mutuamente. antes de receberem este Sacramento.

Obrigações das pessoas unidas em Matrimônio:

1º guardar inviolada a fidelidade conjugal, e proceder sempre cristãmente em tudo;
2º amar-se mutuamente, suportando-se um ao outro com paciência, e viver em paz e harmonia;
3º se têm filhos, cuidar seriamente de prover às suas necessidades, dar-lhes educação cristã, e deixar-lhes a liberdade de escolher o estado de vida a que Deus os chamar.

Condições e impedimentos do Matrimônio

Para contrair VALIDAMENTE o Matrimônio cristão é necessário estar livre de qualquer impedimento matrimonial dirimente, e dar livremente o próprio consentimento ao contrato do Matrimônio na presença do próprio pároco ou de um Sacerdote devidamente autorizado, e de duas testemunhas.

Para contrair LICITAMENTE o Matrimônio cristão, é necessário estar livre dos impedimentos matrimoniais impedientes, estar instruído nas verdades principais da religião, e estar em estado de graça. Se não estiver em estado de graça, isto é, sem pecado, deve se confessar, pois casar com pecado grave é cometer um sacrilégio.

Os impedimentos matrimoniais são certas circunstâncias que tornam o matrimônio ou inválido ou ilícito. No primeiro caso chamam-se impedimentos dirimentes, no segundo impedimentos impedientes.

Impedimentos dirimentes são, por exemplo, a consangüinidade até ao terceiro grau, o parentesco espiritual, o voto solene de castidade, a diversidade de culto entre batizados e não batizados etc.

Impedimento impediente é, por exemplo, o voto simples de castidade etc.

Os fiéis são obrigados a manifestar à autoridade eclesiástica os impedimentos matrimoniais que conhecem; e é por isso que os párocos fazem as publicações, isto é, lêem os pregões dos que se vão casar.

Só a Igreja tem o poder de estabelecer impedimentos e de julgar da validade do Matrimônio entre os cristãos, como só a Igreja pode dispensar daqueles impedimentos que Ela estabeleceu, por que só a Ela conferiu Jesus Cristo direito de promulgar leis e decisões acerca das coisas sagradas.

O vínculo do Matrimônio cristão não pode ser dissolvido pela autoridade civil, porque esta não pode ingerir-se em matéria de Sacramentos, nem separar o que Deus uniu.

O casamento civil não é mais que uma formalidade prescrita pela lei para os cidadãos, a fim de dar e de assegurar os efeitos civis aos casados e aos seus filhos.

Um cristão não pode celebrar somente o contrato civil, porque este não é Sacramento, e portanto não é um verdadeiro matrimônio.

Os esposos que convivessem juntos, unidos somente pelo casamento civil, estariam em estado habitual de pecado mortal, e a sua união seria sempre ilegítima diante de Deus e da Igreja.

Deve fazer-se também o contrato civil, porque, embora não seja ele Sacramento, serve, no entanto, para garantir aos casados e a seus filhos os efeitos civis da sociedade conjugal; eis porque, como regra geral, a autoridade eclesiástica não permite o casamento religioso, quando não se cumprem as formalidades prescritas pela autoridade civil.