A constante procura de jovens por questões de namoros e relacionamentos, sob a luz da DOUTRINA TRADICIONAL da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, nos levaram a criar este Blog. Embora o título do Blog seja JOVENS E NAMOROS, ele se destina a todas as pessoas, sejam JOVENS OU ADULTOS. Que Nossa Senhora nos ajude a levar orientação a todos os que procuram uma vida santa e de conformidade com os mandamentos da Lei de Deus e da Santa Igreja.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O amor conjugal — divórcio e sentimentalismo




Meu grande amigo Jorge, do Blog Almas Castelos, certa vez escreveu uma postagem sobre o romantismo. Achei que a matéria seria de grande interesse, pois estamos imergidos neste mundo materialista e todo sentimental, e a compreensão do texto poderia solucionar vários problemas que eventualmente poderiam surgir do entendimento sobre o que é realmente amor. Com a devida permissão, fiz esta postagem no meu blog também:
http://jovensenamoros.blogspot.com/2010/11/amor-cristao-e-amor-romantico.html

Hoje, veio parar em minhas mãos um livro muito interessante chamado “À procura de Almas com Alma”. Encontrei nesse livro um texto que me levou a transcrevê-lo, pois analisa de forma profunda a questão do sentimentalismo. Vejamos:

Quem vê passar, em seu carro de cor risonha, o jovem – ou a jovem – desta era de lepidez, esporte e vitaminas, não achará que estamos a léguas do sentimentalismo?

O jovem é robusto, alegre, parece bem instalado na vida, cheio de senso prático e do desejo de vencer. A jovem é desembaraçada, empreendedora, utilitária, muitas vezes ardida. Também ela está alegre, sente-se bem, e quer “aproveitar” a existência.

Que há nela de comum com a dama de gênero lacrimejante que comovia nossos avós?
Mas, a despeito de todo o utilitarismo, o terreno reservado ao sentimento continua muito considerável. E, se analisarmos este “sentimento”, veremos que ele não é senão uma adaptação muito superficial dos velhos temas sentimentais.

A questão da estabilidade do convívio conjugal depende de saber até que ponto o interesse ou o sentimentalismo podem levar os cônjuges a se suportar mutuamente.
O sentimentalismo é essencialmente frívolo. Ele não perdoa trivialidades. De sorte que — para ir à carne viva da realidade é preciso exemplificar — um modo ridículo de roncar durante o sono, o mau hálito, qualquer outra pequena miséria humana enfim, pode matar inapelavelmente um sentimento romântico que resistiria às mais graves razões de queixa.

Ora, a vida quotidiana é um tecido de trivialidades, e não há pessoa que no convívio íntimo não as tenha mais ou menos difíceis de suportar. E como o sentimentalismo, por essência e por definição, é todo feito de ilusões, de afetos descontrolados e hipotéticos, por pessoas que só seriam possíveis no mundo das quimeras, a conseqüência é que em pouco tempo os sentimentos, que eram a única base psicológica da estabilidade do convívio conjugal, se desfazem.

Uma pessoa nestas condições não desce ao fundo das coisas, não percebe o que há de substancialmente irrealizável em seus anelos, e julga pura e simplesmente que se enganou.
Entende ela, pois, que ainda pode encontrar em outrem a felicidade que o casamento não lhe deu.

De onde o divórcio lhe parecer absolutamente tão necessário quanto o ar, o pão ou a água. Em última análise, sentimentalismo é apenas egoísmo.

O sentimental não procura senão sua própria felicidade, e só concebe o amor na medida em que o “outro” seja instrumento adequado a torná-lo feliz.

Sobre o egoísmo nada se constrói... a família, menos ainda do que qualquer coisa.
É preciso pois mostrar a substancial diferença que vai da caridade cristã, toda feita de sobrenatural, de bom senso, de equilíbrio de alma, de triunfo sobre os desregramentos da imaginação e dos sentidos, toda feita de piedade e de ascese enfim, para o amor sensual, egoístico, feito de descontroles, de sentimentalismo romântico ainda tão em voga.

Enquanto a concepção sentimental influenciar implícita ou explicitamente a mentalidade dos nubentes, todo o casamento será precário. Pois terá sido construído sobre o terreno essencialmente pegajoso, movediço, vulcânico, do egoísmo humano.

(Coleção “Canticum Novum” À procura de Almas com Alma – Excertos do
pensamento de Plínio Corrêa de Oliveira – recolhidos por Leo Daniele)

(desconheço o autor da pintura a óleo, mérito de Toucan Art
http://static.toucanart.com/pt/products/6217/)

Um comentário:

  1. Grande! Romantismo = expectativas irreais = egocentrismo (querer ser idolatrado) = frustração = divórcio. Amor conjugal tem que ser o amor de Cristo.

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