A constante procura de jovens por questões de namoros e relacionamentos, sob a luz da DOUTRINA TRADICIONAL da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, nos levaram a criar este Blog. Embora o título do Blog seja JOVENS E NAMOROS, ele se destina a todas as pessoas, sejam JOVENS OU ADULTOS. Que Nossa Senhora nos ajude a levar orientação a todos os que procuram uma vida santa e de conformidade com os mandamentos da Lei de Deus e da Santa Igreja.

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Um achado maravilhoso

 

Há muitos anos atras, eu e mais 11 amigos nos reunimos para um trabalho apostólico. Resolvemos chamar esse grupo de “grupo dos 12”, justamente porque éramos 12 pessoas. Depois de um breve estudo sobre cada um dos apóstolos de Jesus Cristo, vimos que, tendo Judas Iscariotes traído o Senhor, foi escolhido Matias para substituir o traidor, completando-se assim o número de 12 apóstolos.

Posteriormente, com a conversão de Saulo, este se juntou aos apóstolos sendo agora 13 apóstolos. Sábio, estudado, prudente e humilde assim era São Paulo Apóstolo.

Achei interessante esse fato, pois lembrou o nosso passado aqui no antigo “grupo dos 12”. Recentemente conhecemos uma pessoa maravilhosa, muito sábio, ótimo conferencista e um bom católico. Prudente e humilde. Conversando com meus amigos eu disse: achei o 13º. E acabamos todos rindo.

Convidei-o para fazer parte do “grupo dos 12”, porém ele não pode participar por motivos particulares, perfeitamente compreensível. Porém me fez conhecer o seu grupo e realmente eu fiquei maravilhado com o que este fez: Capitania Mor da Casa Pia dos Santos Anjos

Um grupo de orações muito diferenciado de tudo o que eu já conhecia. Óbvio que eu entrei no grupo e hoje rezo por todos que estão inscritos e todos rezam por mim. Uma única Ave Maria apenas por dia, mas todos os dias.

Soube que já houve até milagres e conversões. Convido a todos a conhecerem a obra desse meu mais novo amigo:

CAPITANIA MOR DA CASA PIA DOS SANTOS ANJOS

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Uma ótima casa para quem quer uma família

 

Queres ter um namorado? Queres ter uma namorada? E também queres casar e ser feliz? Então reze. Mas reze muito, porque Deus certamente atenderá seu pedido e lhe indicará alguém virtuoso. Nada há de pior do que casar com a pessoa errada e viver num mar de sofrimentos.

Venho trazer uma ótima notícia. Descobri uma Casa Virtual de Orações, um grupo diferenciado e dedicado à São Miguel Arcanjo e aos Santos Anjos. Na verdade, um grupo de orações onde todos se beneficiam com a obrigação de rezarem apenas uma Ave Maria, diariamente, por todos os demais. Assim, uns estarão rezando pelos outros diariamente e continuamente. Apenas uma Ave Maria, é muito pouco pelos benefícios que têm quem se inscreve.

 Falo da Capitania Mor da Casa Pia dos Santos Anjos.

 CLIQUE AQUI E VEJA 

Muito antigamente, quando se conhecia alguém, que, por exemplo, chamava-se “Felipe”, se perguntava: “Felipe de onde?”

E a pessoa respondia: “Felipe da Casa de Antônio”. Ou seja, isso queria dizer que “Felipe” ou era parente ou trabalhava para “Antônio”. Dizer que “era da Casa” significava o grupo de pessoas a que pertencia, como parente, amigo ou trabalhador.

Quando a pessoa se inscreve na Capitania Mor da Casa Pia dos Santos Anjos, perguntariam: o Sr ou Sra é de onde? Podem responder: Da Casa de São Miguel. Isso quer dizer que pertencem ao grupo de São Miguel Arcanjo.

No Blog da Capitania Mor tudo está explicado. Deixo o link acima para quem quiser visitar. Eu me inscrevi e estou rezando por todos.

HISTORICO DA CAPITANIA MOR DOS SANTOS ANJOS - CLIQUE AQUI

quinta-feira, 25 de junho de 2015

O Casamento da Jovem

Por que dizem que Santo Antonio é o Santo “casamenteiro”? Na verdade ele deveria ser o padroeiro de quem faz uso da oratória, pois famosos são seus sermões, discursos, e, por causa de uma pregação que uma cidade ignorava os peixes pulavam para fora d’água para ouvirem o Santo pregar. O curioso é que em suas pregações, discursos ou sermões nada falava sobre o casamento.

No entanto, Santo Antonio era um frade franciscano, nascido em Portugal, mas passou a maior parte de sua vida em Padova (Itália), por isso chamam-no de Santo Antonio de Lisboa, Santo António de Pádua (ou Padova).

Pela sua extremada caridade cristã, ajudava a todos. Depois de falecido e canonizado, moças humildes se ajoelhavam diante de sua imagem e pediam a graça de conseguirem um dote e um enxoval para o casamento, e conseguiam o milagre – aqui deve estar a origem de chamarem-no de Santo Casamenteiro.

A interessante história abaixo pertence ao blog “Nos passos de Maria”. Vejamos:

O Casamento da Jovem

Conta-se que uma jovem muito linda, mas cansada de esperar por um noivo, já desesperada de encontrar marido, pediu ajuda a Santo Antônio. Adquiriu uma imagem do santo, benzeu-a e todos os dias enfeitava-a com flores que colhia no jardim. Além disso, orava com regularidade para que Santo Antônio lhe arranjasse um noivo. Mas, passou-se muito tempo e o noivo não aparecia.


Certa vez, pôs-se a lamentar a ingratidão do santo, chegando mesmo a ser repreendida pela mãe. E, desapontada, pegou a imagem e, no auge do desespero, atirou-a pela janela afora. Passava na rua, naquele momento, um jovem cavaleiro e a imagem o acertou na cabeça. Apanhou-a intacta e subiu a escada para devolvê-la. Quem o recebeu foi a formosa donzela. O cavaleiro apaixonou-se por ela e algum tempo depois casaram-se, naturalmente por milagre do santo.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Mulher religiosa

Quão maravilhosa e invejável é a sorte da mulher religiosa! Seus dias são enflorados de júbilo; sua vida recende a amor; esposo, filhos, servos respeitam-na e acarinham-na; a todos inspira cega confiança, porque firmemente crêem na fidelidade de quem é fiel é Deus. A fé admirável desta cristã fortifica-se pela felicidade; e a felicidade pela fé; crê em Deus, porque é feliz; é feliz porque crê em Deus.

Basta a qualquer mãe ver sorrir o filhinho, para convencer-se da existência de uma felicidade suprema.

Virgem, esposa, mãe ou filha, a mulher cristã é sempre um agente de Deus nas obras de Seu amor. Deus fê-la bálsamo de todas as dores, alívio de todas as tristezas, amparo de todas as venturas, e não há uma só miséria na vida, de que Deus não tenha feito a mulher, o anjo libertador.

É de Frédéric Ozanam este pensamento admirável: “O papel das mulheres cristãs é semelhante ao dos anjos da guarda. Podem dirigir o mundo se ficarem invisíveis como eles”.

Pode-se assegurar, sem temor, que a fortuna ou a desgraça, a ilustração ou a ignorância, a civilização ou a barraria do mundo dependem em grande parte do poder exercido pela mulher no seu reino espiritual – o lar doméstico.

A mulher deve ser como a palha miúda com que se encaixotam as porcelanas, palha que não se conta, que não se pesa, palha que mal se vê, palha de quem ninguém se apercebe – e sem a qual se quebraria tudo.

Subtraído ao influxo, não passageiro e cego, mas permanente, racional, da mulher, nunca o homem chega a ser verdadeiramente ilustrado e culto.

A mulher superior não é aquela que triunfa nas letras, nas ciências ou nas artes, nem a que brilha na sociedade, mas a que ilumina o seu lar.

Autor (D.) – Lendas do Céu e da Terra.
Foto: Pintura de Eugenio Blaas (1845-1931)

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Dos tempos antigos: de lá para cá, o que mudou?

Assim como o raio de sol entra por uma fresta da janela para formar um pequeno cenário de luzes e de sombras…

…Assim também a mãe católica deve criar em torno de si, pelo seu modo de ser, um ambiente propício à formação do subconsciente dos filhos, fazendo com que as primeiras noções de moralidade e de bom comportamento deitem nele suas raízes.

À medida que consegue fazer desabrochar nos filhos o encanto por tudo aquilo que é belo, nobre e elevado, a mãe desperta neles o horror ao feio, ao imoral, à cacofonia, e desta antítese nascerá a idéia de moralidade.

Esta noção fundamental fará aflorar em seus corações a necessidade da luta como um imperativo contra tudo o que lhes for contrário. Trabalho de ourivesaria que só pode ser levado a cabo dentro da família e do lar.

A criança assim formada passará a amar o que é verdadeiro e sério, a ter uma ideia exata de Deus, pois seus pais compreendem a necessidade do vínculo conjugal indissolúvel como condição normal e ideal para a formação e educação da prole.

E com a concorrência mais próxima da mãe, devem saber despertar nos filhos o senso do ser, de responsabilidade e do dever.

É no sadio ambiente familiar que se destila o espírito que deve dar sentido à vida. As cerimônias de nascimento, por exemplo, feitas com o carinho e o desvelo da mãe, incutem nos filhos a idéia de um lar cristão.

Para abençoar seu lar e sua família, clique na imagem e receba a belíssima estampa dos Corações de Jesus e Maria.

Ou ainda, o reencontro diário do pai e da mãe diante de uma imagem de Jesus Crucificado ou de Maria Santíssima, na recitação do terço em família, vinca neles a idéia de Deus e da eternidade.

As mães, pelo simples fato de cuidarem da higiene dos filhos, vão deixando claro para eles que nem tudo pode ser feito diante dos outros, como o banho, a troca de roupa, etc.

Isso os remete para a noção do bem e do mal, do belo e do feio, da verdade e do erro, em suma, a noção de pecado, que é a desobediência às leis impressas naturalmente por Deus em seus pequenos corações.

Aos domingos, a mãe conduz os filhos à Missa, onde eles devem comportar-se bem. Vêm as aulas de catecismo, já iniciado no recinto do lar.

As celebrações religiosas passam a ser assíduas. Não será a babá eletrônica quem cuidará dos filhos, mas a mãe, que lhes contará belas histórias que elas mesmas, quando crianças, ouviram de seus pais.

Sua entonação de voz e sua fisionomia tocam fundo no coração dos filhos, carnes de sua carne.

Nas horas difíceis, as histórias poderão versar sobre o heroísmo e a confiança, que devem pautar seu modo de ser, de pensar e de agir.

O esmero e a solicitude maternos chegam até às roupas: o corte, as dobras, a composição de suas cores, e até mesmo seu comprimento parecem incutir nas crianças a idéia de príncipes e princesas, pois Deus as criou para reinarem sobre as paixões desordenadas, e não para se deixarem subjugar por elas. Tal mãe, tal filho. A temperança na conduta diária se forma na família cristã. A atitude dos pais diante dos filhos será a que estes adotarão diante dos outros.

Como o sol lança os primeiros raios para inaugurar um novo dia, assim também os primeiros dias da criança marcarão o que ela será pelo resto da vida.

Renascimento do quê?!

Desde o Renascimento o mundo vem se descristianizando… Renascimento do quê? — Do paganismo!

De lá para cá, o povo outrora cristão foi abandonando a fé católica.

Chegamos ao ponto de as crianças de hoje sequer aprenderem as orações mais elementares e trilharem depois caminhos opostos à razão: prazeres infrenes, drogas e prostituição. Querem viver sem lei, e os frutos todos conhecem: a droga, a violência, o crime…

A miséria e a pobreza são hoje sobretudo de ordem espiritual e moral. Cumpre reorganizar a sociedade — a começar pela família — a partir da ideia de Deus e da eternidade.

A noção de bem e de mal, consignada nos Mandamentos, é essencial para a sociedade. Não basta ter a noção, é preciso criar condições para que a virtude do recato e do pudor vicejem.

As autoridades abdicaram de seus deveres. Aplicam-se leis atentatórias à moral cristã. Alastra-se a desordem social. A família está dilacerada.

Hoje tudo se reivindica: cobram-se dos políticos bens materiais como saúde, emprego, transportes, lazer, mas nunca se ouve uma voz autorizada ensinar que a moralidade é o fundamento da ordem social ou que o Decálogo deve ser cumprido. Quem semeia ventos!…

Fonte: AASCJ e IPCO

sábado, 26 de julho de 2014

Honra teu pai e tua mãe

Como quem acumula tesouros, assim é aquele que honra sua mãe. O que honra seu pai encontrará alegria nos seus filhos, e será atendido no dia da sua oração. O que honra seu pai viverá uma vida larga.

Os filhos da sabedoria formam uma congregação de justos, e a sua índole é toda obediência e amor (de Deus). Ouvi, filhos, os preceitos do vosso pai, e procedei de sorte que sejais salvos. Porque Deus quer honrar o pai nos filhos, e firmou cuidadosamente a autoridade da mãe sobre os filhos. O que ama a Deus implorará o perdão dos seus pecados, e se absterá de tornar a cair neles, e será ouvido na sua oração de todos os dias.

Como quem acumula tesouros, assim é aquele que honra sua mãe. O que honra seu pai encontrará alegria nos seus filhos, e será atendido no dia da sua oração. O que honra seu pai viverá uma vida larga; e consola sua mãe quem obedece a seu pai. O que teme o Senhor honra seus pais; e servirá, como a seus senhores, aos que o geraram.

Honra teu pai por tuas ações, por palavras e com toda a paciência, para que venha sobre ti a sua bênção, e esta bênção permaneça contigo até ao fim.

A bênção do pai fortifica as casas dos filhos, e a maldição da mãe as destrói pelos alicerces. Não te glories com aquilo que desonra eu pai, porque a sua ignomínia não é glória para ti; pois a glória do homem provém da honra de seu pai, e um pai sem honra é a vergonha de seu filho.

Filho, ampara a velhice de teu pai, e não o entristeças durante a sua vida.

Se a inteligência lhe for faltando, suporta-o, e não o desprezes, por teres mais vigor do que ele; porque a caridade exercida com o teu pai, não ficará no esquecimento.

Porque serás recompensado por teres suportado os defeitos da tua mãe; e a justiça será o fundamento da tua casa, e no dia da tribulação Deus se lembrará de ti; e os teus pecados se desfarão como o gelo num dia sereno. Como é infame aquele que desampara o seu pai! E como é amaldiçoado de Deus o que exaspera sua mãe!

(Eclo, 3, 1-18).

Fonte: Associação Apostolado Sagrado Coração de Jesus - AASCJ

quinta-feira, 6 de março de 2014

Trovas a Santo Antonio

Perguntei a Santo Antônio
Quando eu ia me casar.
Ele respondeu sorrindo:
Ninguém perde em esperar.
(Autor desconhecido)

Santo Antônio foi soldado,
De cabo foi a sargento
E vai ser o meu padrinho,
No dia do casamento.
(Autor desconhecido)

Meu querido Santo Antônio,
Feito de nó de pinho,
com vós arranjo o que quero,
Porque eu peço com jeitinho.
(Autor desconhecido)

Fonte: http://conventosantoantonio.org.br/devocionario/trovas-a-santo-antonio

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Bradem pelos quatro cantos da Terra

O ser humano se acostuma naturalmente com as coisas que o cercam. Quem já mudou de casa percebe bem isso. No início tudo é novidade e a sensação é realmente de casa nova. Depois o homem vai se acostumando ao seu novo ambiente e a sensação de novidade já não existe mais. O que aconteceu? A resposta e óbvia, deixou de ser casa nova desde quando o homem se acostumou a fazer dela sua morada habitual.

Outro exemplo: quando no noticiário aparecem crimes bárbaros, muitos se espantam e se horrorizam com os fatos, tratando os criminosos como seres doentes ou de alta periculosidade, que devem ser banidos da sociedade. Com o passar dos tempos, se a notícia persiste, o homem se acostuma com essas noticias, e já nem sente mais o horror de outrora e passa a encarar os fatos como “a normalidade” de nossos dias. As vezes até fazem piadinhas desses crimes monstruosos, e o que antes os faziam ter cara de espanto, agora despertam sorrisos e piadas.

Assim caminham as coisas. Os inimigos da Igreja e “psicólogos do mal” conhecem essa tendência do ser humano e assim sabem que lançar notícias ora avançadas, ora menos avançadas, constituem um fator de “avanço revolucionário”. Em outras palavras, essa onda que ora vem forte, ora vem lentamente, constituem as marchas do processo revolucionário: a marcha lenta e a marcha rápida. Em ambas as marchas elas conseguem arrebanhar para si as pessoas das mais variadas tendências sociais, desde as mais “avançadas” até as “conservadoras”, de modo que, de uma forma lenta ou de uma forma mais rápida, sempre ela caminha para frente.

Onde quero chegar com esse raciocínio? Muito simples. A mídia fala tanto de aborto, de divórcio, de união estável, e de tantas outras coisas que de tanto falar nisso, a tendência natural do ser humano é se acostumar com esses assuntos e acabar por “ingeri-los” como se fossem “coisas normais de nossos dias” e, como  conseqüência, acabam não mais se importando com esses assuntos como deveriam se importar.

Valores como FAMILIA, VIDA, CASAMENTO devem ser sempre defendidos com todas as forças da alma e do coração, pois a família é a célula básica da sociedade, e destruindo-se a família, destrói-se a sociedade.

Já que a tendência do ser humano é se acostumar com as coisas que o rodeiam, então façamos a nossa parte: publiquem nos jornais, bradem pelos quatro cantos da terra, falem sem parar, distribuam panfletos, exijam programas na televisão QUE A FAMÍLIA CATÓLICA AINDA EXISTE, QUE O QUE DEUS UNIU QUE O HOMEM NÃO O SEPARE, QUE MATAR É CRIME. Falemos tanto, mas tanto, muito mais do que os que lutam contra a vida e a família, até que o homem do mundo moderno se acostume com a idéia de que TEM QUE DEFENDER A FAMÍLIA E A VIDA. Que defender a vida e a família seja uma normalidade, não o contrário.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Namoro, noivado e casamento


Quando Deus criou Adão, fê-lo senhor de toda a Terra. Adão louvava a Deus, cantando com os anjos e muitas vezes passeava com o Criador pelo Paraíso. Adão tinha tudo, mas ainda lhe faltava algo.

“O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada.” Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos, e todas as aves dos céus, levou-os ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o homem pôs aos animais vivos, esse é o seu verdadeiro nome. O homem pôs nomes a todos os animais, a todas as aves dos céus e a todos os animais dos campos; mas não se achava para ele uma ajuda que lhe fosse adequada. Então o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar. E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. “Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará Virago (mulher), porque do Varão (homem) foi tomada.” Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne. (Gênesis 2, 18-24)

Não e bom que o homem esteja só – disse o Senhor Deus Criador de todas as coisas.

O NAMORO

O namoro é a fase em que ambos, homem e mulher, se conhecem. Muitas vezes o namoro começa até na amizade que vai se estreitando até virar namoro. Aí então a atenção de ambos se volta para o casamento, ou seja, embora se conhecessem na fase da amizade, verificam se estão preparados para o casamento. Ser amigos é uma coisa, casar é outra. Para ser amigo não precisa de nada, para casar é preciso ter emprego, ser paciente, religioso e, sobretudo, amar muito a Deus. Pois quem não ama a Deus, não ama o próximo.

No namoro é que se verifica a base de todo o casamento: amor, respeito mútuo, incentivo a prática de virtudes, etc. É nesse período que ambos vão se analisar com seriedade se seu respectivo cônjuge é realmente uma pessoa de caráter, que cultiva bons hábitos, gosta de trabalhar, respeita os pais e os mais velhos. Coisas que não combinam com um relacionamento a dois é: preguiça, indolência, vícios, vaidade, frivolidade, entre outros defeitos. Se for assim é o momento para terminar o relacionamento, pois não adianta casar tendo a infeliz idéia de que a pessoa vai melhorar com o tempo. É melhor voltar a ser apenas amigos, sem qualquer promessa futura de constituir casamento.

Passada essa fase inicial, vendo ambos que realmente o seu par é pessoa boa, e cientes de que o casamento é a vocação para que Deus as chamou, então se procede ao noivado.

O NOIVADO

O Noivado é a solenidade pela qual os nubentes se comprometem perante a família de ambos, fidelidade, amor e promessa de construção de uma vida comum, já tendo como compromisso certo o casamento. O noivado é o tempo para acertar os detalhes  firmar o compromisso sério. O noivado é uma tradição e é cercado por um cerimonial especial pois ambos passam a usar aliança na mão direita. É como um pré-aviso: “estamos noivos, quem tiver algo contra que fale ou se cale para sempre”. Aliança é sinal de compromisso sério e portanto é um aviso a toda a sociedade de que vão casar. Os noivos sabem o que querem, já não é um simples namoro. Na verdade o noivado é também o amadurecimento do namoro. As responsabilidades apertam e o sentimento de família aumenta. Mas nem por isso deve ser levado até o fim, isto é, se mesmo noivos os comprometidos perceberem que a vida conjugal vai ser impossível, melhor desmanchar tudo, pois “antes tarde do que nunca”.

O noivado é como um noviciado para quem quer ser tornar religioso. Há votos como num noviciado, mas não perpétuos, pois os perpétuos somente o fará no casamento. Pois assim como o noviciado, o noivado não é eterno, mas passageiro.

Uma coisa é certa. Olhem bem isso. Se gostarem de alguém por que é bonito, não é amor, mas admiração. Se gostarem de alguém por que palpita seu coração, não é amor, mas sensibilidade. Se gostar de alguém por que deseja uma carícia ou um beijo, isso não é amor, mas sensualidade. SE DESEJA O BEM DE SEU NOIVO, MESMO ÀS CUSTAS DE SACRIFÍCIOS, DIANTE DE OCASIÕES DIFÍCEIS, ESSE É AMOR.

Somente a caridade sobrenatural, vínculo de amizade entre Deus e o homem, pode fazer laços que resistam a todas as sacudidas, a todas as vicissitudes, a todas as provas inevitáveis de uma longa vida conjugal – dizia o Papa Pio XII.

Não só a beleza física, mas outras qualidades devem ser buscadas.

Essas condições pessoais devem ser descobertas durante o noivado. Por isso que é lícito, e mesmo necessário que os noivos falem entre si, se encontrem sozinhos para se conhecer melhor. Mas a prudência e a conveniência reprovam as longas conversas a sos e fora da casa paterna. Um sábio conselho cristão diz aos noivos: “Fale com seu noivo onde não os ouças, mas onde os vejam” (fonte: FSSPX – Brasil)

O CASAMENTO

Depois de terem passado pelo “noviciado”, agora chegou a hora de ofertarem seus votos perpétuos diante da sociedade e diante de Deus, com a benção do sacerdote.
Uma coisa recomendo aos recém-casados: Freqüentem sempre os sacramentos, rezem juntos quando puderem, amem-se na alegria e na tristeza, ajudem-se mutuamente em todas as dificuldades, sejam pacientes com os defeitos do outro, e sejam muito felizes. Lembrem-se sempre que “o que Deus uniu, que o homem não o separe”.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Saiba tudo sobre o casamento


Voce sabia que os Ministros do Casamento são os próprios noivos? E que devem fazer seus votos diante do Padre e de toda a Igreja? Saiba tudo sobre o casamento no Catecismo de São Pio X:

Os Sacramentos - Matrimônio

O Matrimônio é um Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, que estabelece uma união santa e indissolúvel entre o homem e a mulher, e lhes dá a graça de se amarem um ao outro santamente, e de educarem cristãmente seus filhos.

O Matrimônio foi instituído pelo próprio Deus no Paraíso terrestre; e no Novo
Testamento foi elevado por Jesus Cristo à dignidade de Sacramento.

O Sacramento do Matrimônio significa a união indissolúvel de Jesus Cristo com a Santa Igreja, sua esposa e nossa Mãe amantíssima.

Diz-se que o vínculo do Matrimônio é indissolúvel, isto é, que não se pode quebrar senão pela morte de um dos cônjuges, porque assim o estabeleceu Deus desde o começo, e assim o proclamou solenemente Jesus Cristo, Senhor Nosso.

No Matrimônio entre cristãos o contrato não se pode separar do Sacramento, porque para eles o Matrimônio não é outra coisa senão o mesmo contrato natural, elevado por Jesus Cristo à dignidade de Sacramento. Entre os cristãos não pode haver verdadeiro Matrimônio que não seja Sacramento.

O Sacramento do Matrimônio produz os seguintes efeitos:

1º dá um aumento da graça santificante;
2º confere a graça especial para se cumprirem fielmente todos os deveres matrimoniais.

Para quem pensa que é o Padre o Ministro do Sacramento do Matrimônio, se enganou.

OS MINISTROS do Sacramento do Matrimônio são os mesmos esposos, que reciprocamente conferem e recebem o Sacramento.

Este Sacramento, porque conserva a natureza de contrato, é administrado pelos mesmos contraentes, declarando na presença do próprio pároco, ou de outro Sacerdote devidamente autorizado, e de duas testemunhas, que se unem em matrimônio.

Para que serve então a bênção que o pároco dá aos esposos?
A bênção que o pároco dá aos esposos não é necessária para constituir o Sacramento, mas é dada para sancionar em nome da Igreja a sua união, e para atrair sempre mais sobre eles as bênçãos de Deus.

Quem contrai Matrimônio deve ter intenção:

1º de fazer a vontade de Deus, que o chama a tal estado;
2º de procurar nele a salvação da própria alma;
3º de educar cristãmente os filhos, se Deus lhos der.

Os esposos, para receber com fruto o Sacramento do Matrimônio, devem:

1º encomendar-se de todo o coração a Deus, para conhecer a sua vontade e para alcançar d’Ele as graças que são necessárias em tal estado;
2º consultar os próprios pais, antes de chegar ao noivado, como o exige a obediência e o respeito devido aos mesmos;
3º preparar-se com uma boa confissão, até mesmo geral, se for necessário, de toda a vida;
4º evitar toda a familiaridade perigosa de trato e de palavras, ao conversarem mutuamente. antes de receberem este Sacramento.

Obrigações das pessoas unidas em Matrimônio:

1º guardar inviolada a fidelidade conjugal, e proceder sempre cristãmente em tudo;
2º amar-se mutuamente, suportando-se um ao outro com paciência, e viver em paz e harmonia;
3º se têm filhos, cuidar seriamente de prover às suas necessidades, dar-lhes educação cristã, e deixar-lhes a liberdade de escolher o estado de vida a que Deus os chamar.

Condições e impedimentos do Matrimônio

Para contrair VALIDAMENTE o Matrimônio cristão é necessário estar livre de qualquer impedimento matrimonial dirimente, e dar livremente o próprio consentimento ao contrato do Matrimônio na presença do próprio pároco ou de um Sacerdote devidamente autorizado, e de duas testemunhas.

Para contrair LICITAMENTE o Matrimônio cristão, é necessário estar livre dos impedimentos matrimoniais impedientes, estar instruído nas verdades principais da religião, e estar em estado de graça. Se não estiver em estado de graça, isto é, sem pecado, deve se confessar, pois casar com pecado grave é cometer um sacrilégio.

Os impedimentos matrimoniais são certas circunstâncias que tornam o matrimônio ou inválido ou ilícito. No primeiro caso chamam-se impedimentos dirimentes, no segundo impedimentos impedientes.

Impedimentos dirimentes são, por exemplo, a consangüinidade até ao terceiro grau, o parentesco espiritual, o voto solene de castidade, a diversidade de culto entre batizados e não batizados etc.

Impedimento impediente é, por exemplo, o voto simples de castidade etc.

Os fiéis são obrigados a manifestar à autoridade eclesiástica os impedimentos matrimoniais que conhecem; e é por isso que os párocos fazem as publicações, isto é, lêem os pregões dos que se vão casar.

Só a Igreja tem o poder de estabelecer impedimentos e de julgar da validade do Matrimônio entre os cristãos, como só a Igreja pode dispensar daqueles impedimentos que Ela estabeleceu, por que só a Ela conferiu Jesus Cristo direito de promulgar leis e decisões acerca das coisas sagradas.

O vínculo do Matrimônio cristão não pode ser dissolvido pela autoridade civil, porque esta não pode ingerir-se em matéria de Sacramentos, nem separar o que Deus uniu.

O casamento civil não é mais que uma formalidade prescrita pela lei para os cidadãos, a fim de dar e de assegurar os efeitos civis aos casados e aos seus filhos.

Um cristão não pode celebrar somente o contrato civil, porque este não é Sacramento, e portanto não é um verdadeiro matrimônio.

Os esposos que convivessem juntos, unidos somente pelo casamento civil, estariam em estado habitual de pecado mortal, e a sua união seria sempre ilegítima diante de Deus e da Igreja.

Deve fazer-se também o contrato civil, porque, embora não seja ele Sacramento, serve, no entanto, para garantir aos casados e a seus filhos os efeitos civis da sociedade conjugal; eis porque, como regra geral, a autoridade eclesiástica não permite o casamento religioso, quando não se cumprem as formalidades prescritas pela autoridade civil.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Uma lenda sobre a beleza

Há uma lenda que fala sobre a beleza. Lenda essa esquecida pelos homens. Trata-se de uma lenda antiga, cheia de sabedoria.

Certa vez, por um triste capricho da Fatalidade, o poder do mundo foi cair nas mãos odientas da Vulgaridade.

— Que fez a Vulgaridade ao subir ao trono? Resolveu destruir e aniquilar a sua perigosa rival — a Beleza.

Chamando o Tédio, seu servo predileto, disse-lhe a execrável soberana:

— Detesto a Beleza! Quero fazê-la desaparecer da face da terra. Tens ordem para pendê-la e matá-la de qualquer modo.

O tédio respondeu:

— Escuto e obedeço, senhora! Mas, afinal, como é a Beleza? Como poderei encontrá-la, se não a conheço?

— Ora, nada mais simples — tornou a Vulgaridade. — Interroga um poeta qualquer e logo saberás como é a Beleza.

Partiu o Tédio. Encontrando um poeta interpelou-o:

— Como é a Beleza?

Sem hesitar, respondeu o poeta:

— Ainda ignoras? A Beleza é loura, de olhos azuis da cor do céu; a sua pele é clara e rosada, as suas mãos...

— Basta! Tudo o mais que disseres seria fastidioso e inútil. Já sei como é a Beleza! Vou descobri-la por mais oculta que esteja.

E o Tédio partiu em busca da Beleza...

Depois de muito caminhar, chegou ao país de Moab, para além do grande deserto. Um camponês repousava sob uma árvore.

— Terás visto, por aqui — perguntou o Tédio — a Beleza que procuro?

— Queres descobrir a Beleza! — exclamou o camponês. — Ei-la precisamente ali, ó forasteiro!

E apontou na direção de uma jovem que se encaminhava para a ponte, levando ao ombro um pequeno cântaro.

O Tédio procurou certificar-se. A graciosa moça era morena, de olhos verdes e cabelos castanhos como as filhas de Judá! Mas como diferia da que fora descrita pelo poeta! Não, não podia ser a Beleza!

— A Beleza fugiu para a China! — informou um peregrino.

Seguiu o Tédio para a China e indagou de um rico mandarim que soltava papagaios de seda:

— Senhor! Teria a Beleza aparecido em vossa terra?

— Apareceu, sim — replicou, alegre, o mandarim. — Ei-la!

E com o seu dedo de unha longa e angulada, apontou para uma moça ocupada em fabricar lanternas de papel.

O escravo da Vulgaridade preparou-se para executar a ordem que recebera. Enganara-se, porém, o informante. A jovem que o mandarim indicara era pálida, esguia, tinha os olhos amendoados, os cabelos negros e ondulados. Não; aquela não podia ser a Beleza!

O Tédio deixou o país dos chineses e foi em busca de outros climas. Diante dele a Beleza fugia sempre, ocultando-se astuciosamente. Todo o seu esforço tornou-se inútil. Não conseguiu encontrar e destruir a Beleza!

Mas a eterna e incomparável Beleza só a encontra quem a procura com sabedoria. Sigam esse conselho meus amigos e amigas:

— Eis por que a Beleza floresce e domina, sob aspectos tão diversos, quando a observamos, nos inconquistáveis recantos e países do mundo. Aqui é morena e tem olhos negros, mais adiante é loura, de claros olhos de anil. Aqui é viva e alegre, para, além, surgir sentimental e terna!

É que a Beleza, para fugir do mal do Tédio e ao perigo da Vulgaridade, varia sempre e sem cessar.

(fonte: "MINHA VIDA QUERIDA - OS SEGREDOS DA ALMA FEMININA NAS LENDAS DO ORIENTE - Malba Tahan) - (Ilustrações de: Calmon Barreto, Solon Botelho e Renato Silva)

cedido gentilmente pelo Bog Almas Castelos:
http://almascastelos.blogspot.com/2011/11/uma-lenda-sobre-beleza.html

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O amor e o velho barqueiro

Chegando, afinal, à margem do grande rio, o Amor avistou três barqueiros que se achavam indolentes, recostados nas pedras.
Dirigiu-se ao primeiro:

— Queres, meu bom amigo, levar-me para a outra margem do rio?

Respondeu o interpelado, com voz triste, cheio de angústia:

— Não posso, menino! É impossível para mim!

O Amor recorreu, então, ao segundo barqueiro, que se divertia em atirar pedrinhas no seio tumultuoso da correnteza.

— Não. Não posso — recusou secamente.

O terceiro e último barqueiro que parecia o mais velho, não esperou que o Amor viesse pedir-lhe auxílio. Levantou-se, tranqüilo, e, estendendo-lhe, bondoso, a larga mão forte, disse-lhe:

— Vem comigo, menino! Levo-te sem demora para o outro lado.
Em meio da travessia, notando o Amor a segurança com que o velho barqueiro barquejava, perguntou-lhe:

— Quem és tu? Quem são aqueles dois que se recusaram a atender ao meu pedido?

— Menino — respondeu, paciente, o bom remador — o primeiro é o Sofrimento; o segundo é o Desprezo. Bem sabes que o Sofrimento e o Desprezo não fazem passar o Amor!

— E tu, quem és, afinal?

— Eu sou o Tempo, meu filho — atalhou o velho barqueiro. — Aprende para sempre a grande verdade. Só o Tempo é que faz passar o Amor!

E continuou a remar, numa cadência certa, como se o movimento de seus braços possantes fosse regulado por um pêndulo invisível e eterno.

Sofrimento, desprezo... Que importa tudo isso ao coração apaixonado? O Tempo, e só o Tempo, é que faz passar o Amor.

(Livro: Minha Vida Querida – Malba Tahan

A foto foi tirada da internet e, porque estava sem referencia, desconheço o autor.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Uma menina de coragem

Carta infantil abala ditadura da moda.

Bastou apenas a carta de uma menina de 11 anos, reclamando pela falta de roupas moralizadas nas prateleiras das lojas, para que a poderosa cadeia norte-americana de vestuário Nordstrom ficasse abalada e prometesse corrigir o erro.

Ella Gunderson, de Seattle (Estado de Washington), que pertence ao grupo católico Desafio, queixou-se aos diretores da Nordstrom pelo fato de eles só oferecerem roupas que descobrem o abdômen e peças íntimas de vestuário.

E acrescentou que tal atitude da Nordstrom parece revelar que a empresa julga que “todas as meninas devemos andar meio nuas”.

Em face disso, a Nordstrom prometeu oferecer alternativas decentes para as moças.

O caso não é o primeiro. Em 2002, a loja Dillard passou a vender roupas com mais modéstia para as jovens, após queixas formuladas por um grupo juvenil de Arizona.

A ditadura da moda hoje apresenta analogias com o omniarca imaginado pelo grande escritor católico do século XIX, Louis Veuillot. Sentado num trono, aquele tirano governa a humanidade escravizada; mas treme ao ouvir qualquer pequeno ruído diferente, pois imagina que possa ser o início de uma revolta destinada a derrubar seu regime despótico.

publicado no Blog Almas Castelos:
http://almascastelos.blogspot.com/2010/10/uma-menina-de-coragem.html

Fonte: Revista Catolicismo número 644 – Agosto de 2004.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Minha Vida Querida ou Ti-long-li

Eu estava procurando alguma coisa sobre o amor entre jovens casais, e achei esta lenda hindú. É apenas uma lenda, mas muito interessante. Ti-long-li, em hindu quer dizer: Minha vida querida. A ilustração é de Gustave Doree.

Conta um velho sábio que há muitos anos, pelos confins da Índia morava um jovem casal, recém casados, na mais perfeita alegria.

A jovem era bonita e sabia bem os serviços do lar.

O jovem, muito esforçado e dedicado, trabalhava na agricultura de arroz.

Como presente de tal união feliz, o jovem casal foi recompensado com um filho. Esse filho era forte, bonito e alegre. Era a felicidade do casal.

Certa vez, ao sair de madrugada para o trabalho, o jovem marido sentiu uma brisa diferente e fria demais... Olhou para o céu e viu que a noite estava tranqüila... Então, pôs-se a caminhar pelas colinas da região. De repente um susto enorme. O frio gelou-lhe o coração. Uma criatura terrível tinha lhe aparecido com o seu aspecto fatal e temível: A MORTE.

Ninguém podia olhar para tal criatura sem sentir um pavor sem limites.
E tremendo de medo o jovem marido indagou:

- Onde vais, óh cruel e terrível MORTE ?

E a morte lhe respondeu:

- Para sua casa. É chegada a hora de eu levar a sua mulher.

O jovem marido empalideceu. Lembrou num só momento de todos os momentos felizes que havia passado com sua esposa. A idéia de ter que perde-la era insuportável. Ele a amava demais para tal perda. Então disse para a MORTE:

- Óh, MORTE terrível... Quantos anos restam de minha vida ?

- A você restam 40 anos de vida. - respondeu-lhe a MORTE.

Então, o jovem marido disse-lhe novamente:

- Quero fazer um trato contigo. Dou vinte anos de minha vida à minha esposa. Assim viveremos juntos e na mais perfeita felicidade os vinte anos juntos. Quando ela morrer, morrerei também.

A MORTE aceitou o trato do jovem marido e se retirou. No mesmo instante, aquele vento gélido que envolvia a madrugada cessou. O sol começou a raiar no horizonte e o dia clareou.

Contente com o fato de ter livrado sua mulher da morte, o jovem marido foi trabalhar contente.

Daquele dia em diante o jovem marido passou a chamar sua jovem esposa de Ti-long-li, que em hindu quer dizer MINHA VIDA QUERIDA, pois agora ela era realmente a vida que ele tinha dado a ela.

E assim, passou o tempo e ambos viveram na mais perfeita harmonia, até que depois de três anos o seu filho foi acometido de uma doença grave. Doía-lhe o peito, a cabeça e a febre era constante. O jovem casal não sabia mais o que fazer para recuperar a saúde do menino. E isso lhes traziam um sofrimento sem igual.

Repentinamente e sem qualquer explicação aparente, o menino começou a melhorar de saúde. Foi nesta madrugada que o jovem marido não podendo conter-se em felicidade, saiu para trabalhar cantando uma antiga canção hindu.

Já estava no meio do caminho quando de repente... aquela terrível brisa gélida... O jovem olha para os lados e encontra novamente a inoportuna: A MORTE.
Grita-lhe então o jovem marido:

- Óh, MORTE cruel e medonha... Qual casa terá a infeliz visita de sua presença?

- Vou na sua casa. - responde-lhe a MORTE.

- Mas meu filho já está se curando de sua doença... por favor não leve ele, pois é a nossa felicidade. - implorou-lhe o jovem pai.

- Não é seu filho que venho buscar, mas sua mulher. - respondeu-lhe a MORTE.

O jovem ficou furioso... e gritou inconformado:

- Óh, MORTE tratante... tu és infiel à promessa que faz... És traidora e indigna de confiança. Não fizemos um trato ? Eu e minha esposa Ti-long-li (minha vida querida) não viveremos vinte anos ? Como podes agora, óh MORTE terrível, descumprir nosso trato e eu perder minha esposa Ti-long-li (minha vida querida) ?

Então a MORTE lhe respondeu:

- Eu vinha buscar teu filho, em razão da grave doença que tinha, porém ao chegar na sua casa, tua mulher chorou e implorou que eu não o levasse. A doença era muito grave, seu filho não tinha cura... E com isso não iria escapar de minha visita. A sua mulher desesperada resolveu então dar ao seu filho os anos que restavam de sua vida. Você deu à sua mulher metade dos anos que lhe restavam, porém a sua mulher deu ao seu filho todos os anos de sua vida. Assim o seu filho melhorou de saúde e viverá, mas sua mulher dando todos os anos de vida que lhe restavam terá que partir comigo. Você deu à sua mulher apenas a metade de sua vida, a sua mulher deu ao seu filho a vida inteira.

Autor: Malba Tahan

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O amor conjugal — divórcio e sentimentalismo




Meu grande amigo Jorge, do Blog Almas Castelos, certa vez escreveu uma postagem sobre o romantismo. Achei que a matéria seria de grande interesse, pois estamos imergidos neste mundo materialista e todo sentimental, e a compreensão do texto poderia solucionar vários problemas que eventualmente poderiam surgir do entendimento sobre o que é realmente amor. Com a devida permissão, fiz esta postagem no meu blog também:
http://jovensenamoros.blogspot.com/2010/11/amor-cristao-e-amor-romantico.html

Hoje, veio parar em minhas mãos um livro muito interessante chamado “À procura de Almas com Alma”. Encontrei nesse livro um texto que me levou a transcrevê-lo, pois analisa de forma profunda a questão do sentimentalismo. Vejamos:

Quem vê passar, em seu carro de cor risonha, o jovem – ou a jovem – desta era de lepidez, esporte e vitaminas, não achará que estamos a léguas do sentimentalismo?

O jovem é robusto, alegre, parece bem instalado na vida, cheio de senso prático e do desejo de vencer. A jovem é desembaraçada, empreendedora, utilitária, muitas vezes ardida. Também ela está alegre, sente-se bem, e quer “aproveitar” a existência.

Que há nela de comum com a dama de gênero lacrimejante que comovia nossos avós?
Mas, a despeito de todo o utilitarismo, o terreno reservado ao sentimento continua muito considerável. E, se analisarmos este “sentimento”, veremos que ele não é senão uma adaptação muito superficial dos velhos temas sentimentais.

A questão da estabilidade do convívio conjugal depende de saber até que ponto o interesse ou o sentimentalismo podem levar os cônjuges a se suportar mutuamente.
O sentimentalismo é essencialmente frívolo. Ele não perdoa trivialidades. De sorte que — para ir à carne viva da realidade é preciso exemplificar — um modo ridículo de roncar durante o sono, o mau hálito, qualquer outra pequena miséria humana enfim, pode matar inapelavelmente um sentimento romântico que resistiria às mais graves razões de queixa.

Ora, a vida quotidiana é um tecido de trivialidades, e não há pessoa que no convívio íntimo não as tenha mais ou menos difíceis de suportar. E como o sentimentalismo, por essência e por definição, é todo feito de ilusões, de afetos descontrolados e hipotéticos, por pessoas que só seriam possíveis no mundo das quimeras, a conseqüência é que em pouco tempo os sentimentos, que eram a única base psicológica da estabilidade do convívio conjugal, se desfazem.

Uma pessoa nestas condições não desce ao fundo das coisas, não percebe o que há de substancialmente irrealizável em seus anelos, e julga pura e simplesmente que se enganou.
Entende ela, pois, que ainda pode encontrar em outrem a felicidade que o casamento não lhe deu.

De onde o divórcio lhe parecer absolutamente tão necessário quanto o ar, o pão ou a água. Em última análise, sentimentalismo é apenas egoísmo.

O sentimental não procura senão sua própria felicidade, e só concebe o amor na medida em que o “outro” seja instrumento adequado a torná-lo feliz.

Sobre o egoísmo nada se constrói... a família, menos ainda do que qualquer coisa.
É preciso pois mostrar a substancial diferença que vai da caridade cristã, toda feita de sobrenatural, de bom senso, de equilíbrio de alma, de triunfo sobre os desregramentos da imaginação e dos sentidos, toda feita de piedade e de ascese enfim, para o amor sensual, egoístico, feito de descontroles, de sentimentalismo romântico ainda tão em voga.

Enquanto a concepção sentimental influenciar implícita ou explicitamente a mentalidade dos nubentes, todo o casamento será precário. Pois terá sido construído sobre o terreno essencialmente pegajoso, movediço, vulcânico, do egoísmo humano.

(Coleção “Canticum Novum” À procura de Almas com Alma – Excertos do
pensamento de Plínio Corrêa de Oliveira – recolhidos por Leo Daniele)

(desconheço o autor da pintura a óleo, mérito de Toucan Art
http://static.toucanart.com/pt/products/6217/)

sábado, 30 de julho de 2011

A mulher cristã


Virgem, esposa, mãe ou filha, a mulher cristã é sempre um agente de Deus nas obras de Seu amor. Deus fê-la bálsamo de todas as dores, alívio de todas as tristezas, amparo de todas as desventuras, e não há uma só miséria na vida de que Deus não tenha feito a mulher o anjo libertador.

(Padre Julio de Maria, L. C. T., pág. 123)

domingo, 24 de julho de 2011

O problema das modas


Em revelações a Jacinta, Nossa Senhora previu uma decadência moral espantosa em modas:

"Os pecados que levam mais almas para o inferno são os pecados da carne."

"Hão de vir umas modas que hão de ofender muito a Nosso Senhor."

"As pessoas que servem a Deus não devem andar com a moda. A Igreja não tem modas. Nosso Senhor é sempre o mesmo."

(Antonio A. Borelli Machado, "As aparições e a mensagem de Fátima conforme os manuscritos da Irmã Lúcia", 31ª edição, p. 66)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Matrimonio e Patrimonio


Na ordem da criação, depois de ter criado todo o universo com tudo o que nele contém, Deus criou o Homem para governa-lo. “Então Deus disse:

"Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra” (Gênesis, 1,26)

Dessa forma, Deus queria que houvesse uma hamonia hierárquica na ordem da criação. E para que Adão fosse o rei supremo, não fez Eva como fez Adão, mas de Adão tirou Eva. “E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.” (Gênesis, 2, 22-23)

Deus lhe deu Eva para lhe ajudar a governar as coisas criadas.

No entanto, aqui está a sabedoria:

A mulher, com sua delicadeza, com seu carinho, com sua sabedoria maternal, ensina seus filhos e ajuda o seu esposo com ternura. De Mãe, fala-se em MATRIMÔNIO (que encerra em si todas as qualificativas ditas acima). MATRIMÔNIO, o governo da mãe.

O homem, com seu senso de governo – para isso foi criado -, com sua generosidade e sua sabedoria de liderança, ensina seus filhos e auxilia sua mulher. De Pai, fala-se em PATRIMÔNIO (pois todo o governante deve reinar sobre suas coisas, seu patrimônio). PATRIMÔNIO, o governo do pai.

MATRIMÔNIO e PATRIMÔNIO, duas palavras sobre o qual é fundada uma família.

Matéria cedida gentilmente pelo Blog Casa Pia dos Santos Anjos:
http://casapiadossantosanjos.blogspot.com/2010/09/matrimonio-e-patrimonio.html

terça-feira, 12 de julho de 2011

Escolha bem seu namorado ou namorada


Não é fácil começar nem terminar um namoro - Um encontro de pessoas naquilo que elas são.

Já vai muito longe o tempo em que os pais arranjavam os casamentos para os seus filhos. Se você quer encontrar alguém terá que procurá-lo. Normalmente, é no próprio círculo de amizades e ambiente de convívio que os namoros começam. Sabemos que o ambiente molda, de certa forma, a pessoa; logo, você deverá procurar alguém naquele ambiente que há os valores que você preza. Se você é cristão, então, procure entre famílias cristãs, ambientes cristãos, grupos de jovens, entre outros, a pessoa que você procura.

O namoro começa com uma amizade, que pode ser um pré-namoro que vai evoluindo. Não mergulhe de cabeça num namoro, só porque você ficou "fisgado" pelo outro. Não vá com muita sede ao pote, porque você pode quebrá-lo. Sinta primeiro, por intermédio de uma pura amizade, quem é a pessoa que está à sua frente. Talvez já nesse primeiro relacionamento amigo você saberá que não é com essa pessoa que você deverá namorar. É o primeiro filtro, cuja grande vantagem é não ter ainda qualquer compromisso com o outro, a não ser de amigos.

Nem sempre será fácil para você começar e terminar um namoro. Especialmente hoje, com a maior abertura do país, logo as famílias são também envolvidas, e isso faz o relacionamento se tornar mais compromissado. Se você não explorar bem o aspecto saudável da amizade, pode ser que o seu namoro venha a terminar rapidamente porque você logo se decepcionou com o outro. Isso poderia ter sido evitado se, antes, vocês tivessem sido bons amigos. Não são poucas as vezes em que o término de um namoro envolve também os pais dos casais, e isso nem sempre é fácil de ser harmonizado.

O namoro é o encontro de duas pessoas, naquilo que elas são e não naquilo que elas possuem. Se você quiser conquistar um rapaz só por causa da sua beleza ou do seu dinheiro, pode ser que amanhã você não se satisfaça mais só com isso. Às vezes uma pessoa simpática, bem-humorada e feliz supera muitos que oferecem mais beleza e perfeição física que ela.

Infelizmente, a nossa sociedade troca a "cultura da alma" pela "cultura do corpo". A prova disso é que nunca as cidades estiveram tão repletas de academias de ginástica, salões de beleza, lojas de cosméticos, clínicas de cirurgias plásticas, entre outros, como hoje. Investe-se ao máximo naquilo que é a dimensão mais inferior do ser humano – embora importante – o corpo. É claro que todas as moças querem namorar um rapaz bonito, e também o mesmo vale para os jovens, mas nunca se esqueça de que o mais importante é "invisível aos olhos".

O que é visível desaparece um dia, inexoravelmente ficará velho com o passar do tempo. Aquilo que você não vê: o caráter da pessoa, a sua simpatia que se mostra sempre atrás de um sorriso fácil e gratuito, o seu bom coração, a sua tolerância com os erros dos outros, as suas boas atitudes, etc., isso tudo não passará e o tempo não poderá destruir. É o que vale.

Se você comprar uma pedra preciosa só por causa do seu brilho, talvez você compre uma "joia" falsa. É preciso que você conheça a sua constituição e o seu peso. O povo diz muito bem que "nem tudo que reluz é ouro". Se você se frustra no plano físico, poderá ainda se realizar nos planos superiores da vida: o sensível, o racional e o espiritual. Mas, se você se frustrar nos níveis superiores, não haverá compensação no nível físico, porque ele é o inferior, o mais baixo.

A sua felicidade não está na cor da pele, no tipo do seu cabelo e na altura do seu corpo, mas na grandeza da sua alma. Você já reparou quantos belos e belas artistas terminam de maneira trágica a vida? Nem a fama mundial, nem o dinheiro em abundância, tampouco os mil "amores", foram suficientes para fazê-los felizes. Faltou cultivar o que é essencial; aquilo que é invisível aos olhos. Tenho visto muitas garotas frustradas porque não têm aquele corpinho de manequim ou aquele cabelo das moças que fazem as propagandas dos "shampoos"; mas isso não é o mais importante, porque acaba.

A vida é curta – mesmo que você jovem não perceba – por isso, não podemos gastá-la com aquilo que acaba com o tempo. Os homens de todos os tempos sempre quiseram construir obras que vencessem os séculos. Ainda hoje você pode ver as pirâmides de 4 mil anos do Egito, o Coliseu romano de 2 mil anos, e tantas obras fantásticas. Mas a obra mais linda e mais duradoura é aquela que se constrói na alma, porque esta é imortal. Portanto, ao escolher o(a) namorado(a), não se prenda às aparências físicas, mas desça até as profundezas da sua alma. Busque lá os seus valores.

Felipe Aquino

(enviado por e-mail por Cristiane de Paula)

sábado, 9 de julho de 2011

Mulher Religiosa


Quão maravilhosa e invejável é a sorte da mulher religiosa! Seus dias são inflorados de júbilo; sua vida rescende amor; esposo, filhos, servos, respeitam-na e acarinham-na; a todos inspira cega confiança, porque firmemente crêem na fidelidade de quem é fiel a Deus.

A fé desta cristã fortifica-se na felicidade, e a felicidade pela fé; crê em Deus, porque é feliz; é feliz porque crê em Deus.

Basta a uma mãe ver sorrir o filhinho, para convencer-se da existência de uma felicidade suprema.

(Chateaubriand, L.C.T., página 159)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Você será uma boa mãe?


"A virtude passa facilmente do coração das mães ao coração dos filhos" (Cônego François Trochu)

"Quando Deus tem o Seu Altar no coração de uma mãe, a casa toda se torna Seu Templo" (Gertrud von Le Fort)

"A boa mãe vale por cem excelentes mestres" (G. Herbert)

"De que vale a alma de uma mulher, se dentro dela não há alma de mãe?" (Jacinto Benavente)

"Uma das obras-primas de Deus é o coração de uma mãe" (Provérbio Frances)

Frases Selecionadas e famosas na Revista Catolicismo de Maio de 2011

sábado, 18 de junho de 2011

O matrimônio

É o matrimônio abençoado por Deus. Querei a prova? Ei-la:o primeiro milagre Jesus o realizou no decorrer dos festejos de um casamento em Cana, na Galiléia. E, com esse incomparável milagre em presença da Virgem Santíssima, Jesus não só aprovou senãom também exaltou e dignificou o matrimônio.

O matrimônio, considerado como sacramento, tem por efeito, acima de tudo criar entre os esposos, que o recebem, uma união legítima, santa e indissolúvel. E, nesse sentido, não hesita o apóstolo São Paulo em comparar a união matrimonial à união santa e perfeita que existe entre Jesus e sua Igreja. – união que deve servir de modelo aos esposos cristãos.

Outra finalidade do sacramento do matrimônio é proporcionar aos que recebem, com fé e respeito, aumento da graça santificante, isto é, o sacramento do matrimônio engrandece os cônjuges aos olhos de Deus e torna-os, portanto, mais dignos da eterna recompensa.

Acresce que o santo matrimônio confere aos esposos uma graça sacramental. E que decorre dessa graça? Ensinam os sábios teólogos: essa graça assegura ao marido e à esposa, mútua e íntima afeição, suavizando-lhes as múltiplos deveres e pesados encargos do casamento. Essa graça, recebida com a santa benção no dia da união nupcial, há de seguir os cônjuges durante toda a vida e proporcionar-lhes um socorro, um amparo especial, sem o qual não poderiam desempenhar cabalmente os deveres de esposos e pais cristãos. O santo matrimônio foi e será sempre abençoado por Deus!

(do livro: A Estrela dos Reis Magos - Malba Tahan – Coleção Saraiva)

domingo, 12 de junho de 2011

Lute por sua familia

Esta postagem é para refletir. Quantos já passaram por estas dificuldades...

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"

Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!"

Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio" ,disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa ou de seu marido, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Enviado por e-mail por Cristiane de Paula.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Água milagrosa cura briga entre casais


Brigas entre namorados e casais são comuns. O convívio, o desgaste, os defeitos que todos nós temos às vezes levam a discussões. Como vencer esse desafio? Trago hoje esta pequena história que pode ajudar a muitos:

Referem os autores o caso gracioso de uma pobre mulher que se foi queixar, mui magoada, a um velho sacerdote, dos desabrimentos do marido.

- Logo que entra em casa – narrou a infeliz – é uma tormenta desfeita de impropérios e de injúrias; renovam-se todos os dias estas cenas violentas, com grandes clamores, que atordoam e escandalizam a vizinhança. Ando consumida, já me é insuportável a vida; dizei-me, padre, que devo fazer em tão angustiosa situação?

O padre, depois de ouvi-la com toda a paciência, foi buscar um frasco de águas e lho entregou dizendo:

- Esta água, é colhida de uma fonte junto à igreja de São Geraldo, é milagrosa. Todas as vezes que teu marido aparecer colérico, e começar a maltratar-te com palavras ásperas, toma um pouco desta água na boca, e aí a conservarás até que ele se tenha calado. Verás que a água-de-São-Geraldo possui, realmente, uma virtude maravilhosa.

Fez a esposa exatamente como lhe ensinara o padre, e observou que quando tomava a água na boca, a ira do marido como que se amainava mais depressa. Suas cóleras foram-se tornando cada vez menos duradouras e menos freqüentes, até que enfim cessaram de todo, e reinou a paz entre o pobre casal.

Voltou a mulher ao padre, toda jubilosa, a agradecer o portentoso efeito da água milagrosa de São Geraldo.

- Minha filha – disse-lhe, então, o sacerdote – a água que te dei só teve uma virtude, e não pequena. Foi a de fazer-te calar; enquanto a tinhas na boca, não podias proferir palavra. A esse silencio, e só a ele, deves o benefício da paz e concórdia que desfrutas agora com teu marido. Se, quando um se agasta, o outro se calasse, nunca haveria discussões.

Muitos casais seriam felizes, e viveriam em perfeita harmonia, se o cônjuge sensato e prudente experimentasse sempre, nos momentos precisos, o efeito milagroso da água-de-São-Geraldo.

(Dom Macedo Costa)

Cedido gentilmente pelo Blog Almas Castelos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Quando o amor é verdadeiro, é para sempre


Um homem de idade já bem avançada veio à Clínica onde trabalho, para fazer um curativo na mão ferida. Estava apressado, dizendo-se atrasado para um compromisso, e enquanto o tratava perguntei-lhe sobre qual o motivo da pressa.

Ele me disse que precisava ir a um asilo de anciãos para, como sempre, tomar o café da manhã com sua mulher que estava internada lá.

Disse-me que ela já estava há algum tempo nesse lugar porque tinha um Alzeimer bastante avançado.

Enquanto acabava de fazer o curativo, perguntei-lhe se ela não se alarmaria pelo fato de ele estar chegando mais tarde.

- Não, ele disse. Ela já não sabe quem eu sou. Faz quase cinco anos que não me reconhece.

Estranhando, lhe perguntei:

- Mas se ela já não sabe quem o senhor é, porque essa necessidade de estar com ela todas as manhãs?

Ele sorriu e dando-me uma palmadinha na mão, disse:

- É. Ela não sabe quem eu sou, mas eu contudo sei muito bem quem ela é...

Recebido por e-mail, desconheço o autor.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Encontro no Trem


Ela tinha um sorriso enigmático, eu era jovem e despreocupado - e o mundo estava cheio de oportunidades.

A primeira vez que a vi, na estação de St. Margrethen, ela subia no vagão empurrando com o joelho uma enorme mala de couro marrom. Vestia uma blusa verde-vivo, com as mangas arregaçadas. Olhos escuros, cabelos escuros, pele morena, jovem e misteriosa.

Depois de despejar o pesado fardo na rede das bagagens, atirou-se em cima de um dos assentos, do outro lado do corredor, de frente para mim, transpirando serenamente. Depois, o trem prateado, de ar climatizado, prosseguiu a sua viajem de cinco horas rumo ao Ocidente, através da Suíça.

Regatos alpinos murmuravam com as águas do degelo e os campos estavam deslumbrantes de papoulas porque era o mês de maio. A principio, tentei dormir um pouco e depois puxar conversa com o passageiro do lado. Sem sucesso. Foi então que voltei a reparar nela. Levava no colo um molho de flores silvestres e, aparentemente, ia pensando na pessoa que o tinha presenteado. Mudei de lugar e sentei-me na frente dela.

- Como é que se chamam essas flores? - perguntei-lhe em alemão.

Recebi um sorriso por resposta.

“Ah”, pensei eu, “não é alemã. Deve ser italiana, claro.”

Debrucei-me para frente e elaborei outra pergunta sobre “i fiori” (as flores). Ela continuou a não me responder. O pensamento de que seria muda cruzou-me o espírito, mas pu-lo imediatamente de parte. Uma vez que nos encontrávamos na Suíça, só havia uma hipótese: era francesa. A resposta, como anteriormente, foi um sorriso.

Encostei-me para traz, devolvi-lhe o sorriso e tentei arvorar um ar misterioso - tarefa voltada ao fracasso, tendo em conta a forma como eu estava vestido, de chapéu de pescador, camiseta vermelha de mangas compridas, calça de risquinhas cor de mostarda e sapatos de couro. Estava quase desistindo quando a moça misteriosa falou:

- “Habla español ?” - perguntou-me ela.

Como é que eu não tinha ma lembrado disso! Era espanhola!
Com os circuitos todos a entrarem em ação, pus-me a remexer furiosamente na minha bolsa à procura de um dicionário espanhol. Vim a saber que ela era solteira, trabalhava num lar de idosos em Altstutten e que ia para a Espanha visitar a família.
Também era pouco versada nos costumes e pronúncias próprios de cada país, por que a princípio me tomou por inglês, e depois por alemão...

Do que falamos concretamente não consigo me lembrar, mas o dia passou voando. Nem queria pensar na chegada em Genebra, onde teríamos que nos separar, mas o fato é que chegamos lá no fim do dia. Passeamos um pouco pelas belas ruas da cidade, saboreamos um café num restaurante ao ar livre, vimos as vitrines ao fim da tarde e preenchemos nossas conversas com risadas. Quando meu trem chegou, dissemos adeus com relutância; mas ela tinha a família à espera do outro lado dos Pirineus, e a minha agenda me obrigava a ir à Itália antes de voltar para casa. Trocamos nossos endereços. Depois subi no trem e parti.

Passou-se algum tempo... e hoje recordo os pormenores daquele dia de primavera... Minha mulher adora ouvir essa história, especialmente a parte que, no ano seguinte, aquela moça deixou a Suíça para se casar comigo, apesar da maneira como eu estava vestido...

(Conto extraído da Revista Seleções do Reader Digest, desconheço o número da edição e o autor)

(OBS: As fotos anteriores foram removidas, sendo substituidas por estas que estão nesta postagem - são fotos retiradas da internet, desconheço o seu autor)